Geografia
Transposição do rio São Francisco
A transposição, contudo, tem sido criticada por ambientalistas e representantes de outros setores da sociedade, incluindo a Igreja Católica. A resposta do governo é de que o número de empregos criados, direta e indiretamente, graças ao projeto, bem como a solução do problema da seca derrubam toda e qualquer crítica.
Além da interligação das bacias, o governo também pretende executar um projeto de recuperação do rio São Francisco e de seus afluentes, pois vários desses rios sofrem problemas de assoreamento, decorrentes do desmatamento para agricultura.
O Projeto de Transposição do Rio São Francisco não é uma ideia nova. Ampliado no governo Lula, ele existe há décadas. O plano básico é construir dois imensos canais ligando o rio São Francisco a bacias hidrográficas menores do Nordeste, bem como aos seus açudes. A seguir, seriam construídas adutoras, com o objetivo de efetivar a distribuição da água.
De acordo com o governo federal, o projeto seria a solução para o grave problema da seca no Nordeste, pois distribuiria água a 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte - uma população de 12 milhões de nordestinos. O prazo para realização do projeto é de 20 anos, a um custo total estimado, até meados de 2009, em R$ 4,5 bilhões.
Conflitos mundiais recentes
Bolívia
A Bolívia é um dos países mais politicamente instáveis da América Latina, tendo enfrentado, até hoje, 193 golpes de Estado.
Desde o início de seu mandato, o governo do presidente Juan Evo Morales Ayma (do partido Movimento ao Socialismo) impôs grandes perdas aos departamentos (estados) mais ricos do país, principalmente ao promulgar uma lei que federalizou a receita advinda da exploração das reservas de gás.
Em 2008, em um processo de crescente tensão política, os departamentos de Santa Cruz, Tarija, Beni e Pando (que, juntos, possuem mais de 80% das reservas de gás do país) passaram a exigir maior autonomia em relação ao governo federal, defendendo mudanças na distribuição dos impostos e na escolha de seus governadores.
A crise se intensificou em consequência de três fatores: (a) interferência do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em favor de Evo Morales; (b) acusações do governo boliviano contra os EUA, alegando que os separatistas recebiam apoio da diplomacia norte-americana (o embaixador norte-americano chegou a ser expulso do país); e (c) realização de referendos (sem apoio legal), nos departamentos citados acima, com o objetivo de aprovar constituições autonomistas.
Depois de embates violentos em algumas províncias - o país esteve à beira de uma guerra civil -, opositores e governo concordaram em iniciar conversações, graças, em grande parte, à interferência da diplomacia brasileira.
A tentativa de intermediação brasileira se deveu, principalmente, a três questões: (a) evitar um clima de instabilidade que causaria reflexos na fronteira da Bolívia com os estados do Acre e de Rondônia, inclusive com a entrada de refugiados bolivianos no Brasil; (b) há quase 15 mil cidadãos brasileiros vivendo em solo boliviano; e (c) impedir que o clima de violência comprometesse o fornecimento de gás ao Brasil.
Uma nova Constituição foi aprovada na Bolívia, mas o país segue com graves divisões internas.
Desde o início de seu mandato, o governo do presidente Juan Evo Morales Ayma (do partido Movimento ao Socialismo) impôs grandes perdas aos departamentos (estados) mais ricos do país, principalmente ao promulgar uma lei que federalizou a receita advinda da exploração das reservas de gás.
Em 2008, em um processo de crescente tensão política, os departamentos de Santa Cruz, Tarija, Beni e Pando (que, juntos, possuem mais de 80% das reservas de gás do país) passaram a exigir maior autonomia em relação ao governo federal, defendendo mudanças na distribuição dos impostos e na escolha de seus governadores.
A crise se intensificou em consequência de três fatores: (a) interferência do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em favor de Evo Morales; (b) acusações do governo boliviano contra os EUA, alegando que os separatistas recebiam apoio da diplomacia norte-americana (o embaixador norte-americano chegou a ser expulso do país); e (c) realização de referendos (sem apoio legal), nos departamentos citados acima, com o objetivo de aprovar constituições autonomistas.
Depois de embates violentos em algumas províncias - o país esteve à beira de uma guerra civil -, opositores e governo concordaram em iniciar conversações, graças, em grande parte, à interferência da diplomacia brasileira.
A tentativa de intermediação brasileira se deveu, principalmente, a três questões: (a) evitar um clima de instabilidade que causaria reflexos na fronteira da Bolívia com os estados do Acre e de Rondônia, inclusive com a entrada de refugiados bolivianos no Brasil; (b) há quase 15 mil cidadãos brasileiros vivendo em solo boliviano; e (c) impedir que o clima de violência comprometesse o fornecimento de gás ao Brasil.
Uma nova Constituição foi aprovada na Bolívia, mas o país segue com graves divisões internas.
Colômbia, Equador e Venezuela
Em 1º de março de 2008, tropas da Colômbia atacaram um acampamento do movimento guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em uma região de fronteira, mas dentro do território do Equador. Durante o ataque, mataram um dos principais líderes das FARC, Raúl Reyes, e mais 16 guerrilheiros.
Em um primeiro momento, o presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou estar informado do ataque. Logo depois, contudo, declarou que o exército colombiano havia entrado no Equador sem sua autorização, rompeu relações diplomáticas com a Colômbia e enviou mais de 3 mil soldados à fronteira.
A mudança de comportamento de Correa aparentemente ocorreu sob influência do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Este já se encontrava em crise com o governo colombiano, desde que havia sido afastado das negociações que a Colômbia mantinha com as FARC, com o intuito de firmar um acordo humanitário para libertação dos reféns mantidos há anos pelos guerrilheiros. Ao ser informado da morte dos guerrilheiros, Chávez proferiu severas críticas ao presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, e mobilizou dez batalhões do exército na fronteira com esse país.
A crise se acirrou no dia 4 de março, quando a Colômbia anunciou ter descoberto, nos computadores dos guerrilheiros mortos, provas de que o Equador e a Venezuela mantêm vínculos estreitos com as FARC. Segundo o diretor da Polícia da Colômbia, Óscar Naranjo, os documentos provariam: (a) que a Venezuela, além de fornecer armas às FARC, já contribuíra com cerca de 300 milhões de dólares para ajudar os guerrilheiros; e (b) que o ministro da Segurança Interna e Externa do Equador, Gustavo Larrea, havia demonstrado interesse em oficializar as relações com as FARC.
Em meio a um clima de acusações e de iminência de guerra entre os países, Álvaro Uribe declarou que não enviaria tropas às fronteiras do Equador e da Venezuela, mas que apresentaria as provas encontradas à Organização dos Estados Americanos (OEA) e à ONU, reiterando que os documentos encontrados com os guerrilheiros "violam a normalidade internacional na sua proibição aos países de proteger terroristas".
Em julho de 2009, o Exército colombiano apreendeu uma série de lança-foguetes produzidos na Suécia em um dos acampamentos das FARC. Consultada, a Suécia confirmou que os números de série das armas correspondem a um lote vendido pela empresa Saab Bofors Dynamics ao Exército da Venezuela. O fato, que fere todos os acordos internacionais, provocou uma nova crise entre os países.
Em um primeiro momento, o presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou estar informado do ataque. Logo depois, contudo, declarou que o exército colombiano havia entrado no Equador sem sua autorização, rompeu relações diplomáticas com a Colômbia e enviou mais de 3 mil soldados à fronteira.
A mudança de comportamento de Correa aparentemente ocorreu sob influência do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Este já se encontrava em crise com o governo colombiano, desde que havia sido afastado das negociações que a Colômbia mantinha com as FARC, com o intuito de firmar um acordo humanitário para libertação dos reféns mantidos há anos pelos guerrilheiros. Ao ser informado da morte dos guerrilheiros, Chávez proferiu severas críticas ao presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, e mobilizou dez batalhões do exército na fronteira com esse país.
A crise se acirrou no dia 4 de março, quando a Colômbia anunciou ter descoberto, nos computadores dos guerrilheiros mortos, provas de que o Equador e a Venezuela mantêm vínculos estreitos com as FARC. Segundo o diretor da Polícia da Colômbia, Óscar Naranjo, os documentos provariam: (a) que a Venezuela, além de fornecer armas às FARC, já contribuíra com cerca de 300 milhões de dólares para ajudar os guerrilheiros; e (b) que o ministro da Segurança Interna e Externa do Equador, Gustavo Larrea, havia demonstrado interesse em oficializar as relações com as FARC.
Em meio a um clima de acusações e de iminência de guerra entre os países, Álvaro Uribe declarou que não enviaria tropas às fronteiras do Equador e da Venezuela, mas que apresentaria as provas encontradas à Organização dos Estados Americanos (OEA) e à ONU, reiterando que os documentos encontrados com os guerrilheiros "violam a normalidade internacional na sua proibição aos países de proteger terroristas".
Em julho de 2009, o Exército colombiano apreendeu uma série de lança-foguetes produzidos na Suécia em um dos acampamentos das FARC. Consultada, a Suécia confirmou que os números de série das armas correspondem a um lote vendido pela empresa Saab Bofors Dynamics ao Exército da Venezuela. O fato, que fere todos os acordos internacionais, provocou uma nova crise entre os países.
Rússia e Geórgia
A guerra entre a Rússia e a Geórgia, em agosto de 2008, ocorreu em função do projeto separatista da Ossétia do Sul e da Abkházia, mas está relacionada a problemas que datam da dissolução da União Soviética.
Antes do colapso do regime socialista, a região da Ossétia do Sul havia declarado autonomia em relação à República Socialista Soviética da Geórgia, aproximando-se da Rússia, que dominava a União Soviética. Com a dissolução da URSS, em 1991, a Geórgia tornou-se uma república independente. A Ossétia do Sul procurou seguir pelo mesmo caminho, proclamando sua independência em relação à Geórgia.
Disso resultou uma guerra entre a Geórgia e a Ossétia do Sul que se estendeu até 1992. A Rússia intermediou a paz entre as duas. A atuação russa, porém, estava condicionada por seus próprios interesses: transformar em área de influência russa tanto a Ossétia do Sul quanto a própria Geórgia.
A Geórgia, contudo, caminhava no sentido contrário às ambições russas, particularmente a partir de 2004, com a eleição do presidente Mikhail Saakashvili, que tentou levar o país à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), além de se aproximar dos Estados Unidos, de modo a escapar ao poderio russo.
Em 2008, a Ossétia do Sul retomou suas pretensões separatistas. Ao mesmo tempo, a tentativa georgiana de entrar para a Otan fez com que a Rússia apoiasse a independência da Ossétia do Sul.
A reação da Geórgia foi atacar a Ossétia com artilharia e foguetes. A Rússia, então, entrou na guerra. O conflito entre os países durou alguns dias, até que os russos aceitaram o cessar-fogo negociado pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy. O clima de tensão, contudo, permanece.
Antes do colapso do regime socialista, a região da Ossétia do Sul havia declarado autonomia em relação à República Socialista Soviética da Geórgia, aproximando-se da Rússia, que dominava a União Soviética. Com a dissolução da URSS, em 1991, a Geórgia tornou-se uma república independente. A Ossétia do Sul procurou seguir pelo mesmo caminho, proclamando sua independência em relação à Geórgia.
Disso resultou uma guerra entre a Geórgia e a Ossétia do Sul que se estendeu até 1992. A Rússia intermediou a paz entre as duas. A atuação russa, porém, estava condicionada por seus próprios interesses: transformar em área de influência russa tanto a Ossétia do Sul quanto a própria Geórgia.
A Geórgia, contudo, caminhava no sentido contrário às ambições russas, particularmente a partir de 2004, com a eleição do presidente Mikhail Saakashvili, que tentou levar o país à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), além de se aproximar dos Estados Unidos, de modo a escapar ao poderio russo.
Em 2008, a Ossétia do Sul retomou suas pretensões separatistas. Ao mesmo tempo, a tentativa georgiana de entrar para a Otan fez com que a Rússia apoiasse a independência da Ossétia do Sul.
A reação da Geórgia foi atacar a Ossétia com artilharia e foguetes. A Rússia, então, entrou na guerra. O conflito entre os países durou alguns dias, até que os russos aceitaram o cessar-fogo negociado pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy. O clima de tensão, contudo, permanece.
Israel e a faixa de Gaza
Na passagem de 2008 para 2009 as Forças de Defesa de Israel iniciaram umaofensiva contra a faixa de Gaza, território palestino dominado pelo grupo radical islâmico Hamas. O objetivo da operação era eliminar a capacidade do Hamas de atacar as cidades israelenses próximas à fronteira.
Os bombardeios começaram oito dias depois do fim de uma trégua de seis meses mediada pelo Egito, que não foi renovada em meio a acusações mútuas de desrespeito aos termos do acordo. Na verdade, nenhum dos dois lados cumpriu o acordo: foguetes continuaram a ser lançados de Gaza, atacando cidades de Israel - e Israel não liberou o fluxo de mercadorias para a região, sob bloqueio econômico e físico israelense desde meados de 2007.
Na verdade, o cenário foi agravado quando o Hamas derrotou o Fatah - partido do líder Yasser Arafat, morto em 2004 - nas eleições palestinas em 2006. Diferente do rival, o Hamas não reconhece o Estado de Israel e não aceita os acordos já firmados do país com a ANP (Autoridade Nacional Palestina).
A ofensiva de Israel sobre a faixa de Gaza durou 22 dias, provocando centenas de mortes.
Os bombardeios começaram oito dias depois do fim de uma trégua de seis meses mediada pelo Egito, que não foi renovada em meio a acusações mútuas de desrespeito aos termos do acordo. Na verdade, nenhum dos dois lados cumpriu o acordo: foguetes continuaram a ser lançados de Gaza, atacando cidades de Israel - e Israel não liberou o fluxo de mercadorias para a região, sob bloqueio econômico e físico israelense desde meados de 2007.
Na verdade, o cenário foi agravado quando o Hamas derrotou o Fatah - partido do líder Yasser Arafat, morto em 2004 - nas eleições palestinas em 2006. Diferente do rival, o Hamas não reconhece o Estado de Israel e não aceita os acordos já firmados do país com a ANP (Autoridade Nacional Palestina).
A ofensiva de Israel sobre a faixa de Gaza durou 22 dias, provocando centenas de mortes.
China e Tibete
O isolamento provocado pela altitude favoreceu o surgimento, no Tibete, de uma civilização característica: no século 7, o país se converteu num reino lamaísta, seita local do budismo, que definiria o caráter teocrático da estrutura política e econômica do Estado tibetano.
Depois de várias turbulências políticas, o Tibete foi um país independente de 1911 a 1950, quando foi anexado à China comunista. De lá para cá, manifestações do povo tibetano contra o domínio chinês se repetem esporadicamente. Em 1959 ocorreu um grande levante, violentamente reprimido.
Em agosto de 2008, o movimento nacionalista do Tibete voltou a protestar contra o domínio da China sobre a região. Os primeiros protestos surgiram logo após a prisão de monges tibetanos que organizaram uma passeata para marcar os 49 anos do grande levante contra o governo chinês. Em seguida, milhares de pessoas também foram às ruas, reivindicando a independência.
Segundo observadores internacionais, o governo chinês reprimiu violentamente as manifestações, provocando mais de 120 mortes.
Depois de várias turbulências políticas, o Tibete foi um país independente de 1911 a 1950, quando foi anexado à China comunista. De lá para cá, manifestações do povo tibetano contra o domínio chinês se repetem esporadicamente. Em 1959 ocorreu um grande levante, violentamente reprimido.
Em agosto de 2008, o movimento nacionalista do Tibete voltou a protestar contra o domínio da China sobre a região. Os primeiros protestos surgiram logo após a prisão de monges tibetanos que organizaram uma passeata para marcar os 49 anos do grande levante contra o governo chinês. Em seguida, milhares de pessoas também foram às ruas, reivindicando a independência.
Segundo observadores internacionais, o governo chinês reprimiu violentamente as manifestações, provocando mais de 120 mortes.
Terceira Revolução Industrial
Num primeiro momento, o sistema de produção em massa, disseminado a partir da indústria automobilística, permanece como padrão em todo o mundo. Ao mesmo tempo, contudo, o processo de produção japonês - a chamada produção enxuta ou Toyotismo - ganha cada vez mais espaço. Evitando os altos custos da produção artesanal e a inflexibilidade da produção em massa, os japoneses reúnem equipes de operários com várias habilidades para trabalharem ao lado de máquinas automatizadas, produzindo enorme quantidade de bens, mas com variedade de escolha. O sistema de hierarquia gerencial e as chamadas linhas de produção são substituídos por equipes multiqualificadas que trabalham em conjunto, o que diminui significativamente o esforço humano e os custos.
A tecnologia se refina, aprimorando antigas invenções, criando novas ou estabelecendo conexões inusitadas entre os diferentes ramos da ciência. A informática produz computadores e softwares; a microeletrônica, chips, transistores e inúmeros produtos eletrônicos. Surge a robótica. As telecomunicações, utilizando os satélites, viabilizam transmissões de rádio e televisão em tempo real. A telefonia - fixa e móvel -, conjugada à Internet, transforma a comunicação em um processo instantâneo. A indústria aeroespacial fabrica satélites e leva homens e robôs a novas fronteiras no espaço. Medicamentos, plantas e animais são transformados pela biotecnologia.
Todas essas inovações são introduzidas no processo produtivo, criando máquinas capazes de realizar não apenas o serviço pesado, mas tarefas sutis e que exigem cálculos complexos e grande precisão. Computadores e robôs, unidos, extraem matéria-prima, manufaturam, distribuem o produto final e realizam serviços gerais.
As novas tecnologias eliminam, gradativamente, a necessidade de antigos materiais (como o papel, por exemplo), aceleram a transmissão de informações e estimulam, em graus nunca antes vistos, o fluxo de atividade em cada nível da sociedade. A compressão de tempo passa a exigir respostas e decisões mais rápidas. O tempo e o conhecimento tornam-se mercadorias.
As empresas passam a substituir a mão de obra humana por máquinas e computadores. Postos de trabalho são eliminados e, em diferentes ramos da economia, o trabalhador tradicional desaparece.
A tecnologia se refina, aprimorando antigas invenções, criando novas ou estabelecendo conexões inusitadas entre os diferentes ramos da ciência. A informática produz computadores e softwares; a microeletrônica, chips, transistores e inúmeros produtos eletrônicos. Surge a robótica. As telecomunicações, utilizando os satélites, viabilizam transmissões de rádio e televisão em tempo real. A telefonia - fixa e móvel -, conjugada à Internet, transforma a comunicação em um processo instantâneo. A indústria aeroespacial fabrica satélites e leva homens e robôs a novas fronteiras no espaço. Medicamentos, plantas e animais são transformados pela biotecnologia.
Todas essas inovações são introduzidas no processo produtivo, criando máquinas capazes de realizar não apenas o serviço pesado, mas tarefas sutis e que exigem cálculos complexos e grande precisão. Computadores e robôs, unidos, extraem matéria-prima, manufaturam, distribuem o produto final e realizam serviços gerais.
As novas tecnologias eliminam, gradativamente, a necessidade de antigos materiais (como o papel, por exemplo), aceleram a transmissão de informações e estimulam, em graus nunca antes vistos, o fluxo de atividade em cada nível da sociedade. A compressão de tempo passa a exigir respostas e decisões mais rápidas. O tempo e o conhecimento tornam-se mercadorias.
As empresas passam a substituir a mão de obra humana por máquinas e computadores. Postos de trabalho são eliminados e, em diferentes ramos da economia, o trabalhador tradicional desaparece.
Problemas ambientais
Os problemas ambientais são consequência direta da intervenção humana nos diferentes
ecossistemas da Terra, causando desequilíbrios no meio ambiente e comprometendo a qualidade de vida. A seguir, veremos os principais problemas que ocorrem na atualidade:
Chuva ácida
A chuva ácida é provocada pela produção de gases lançados na atmosfera. Há agentes naturais que fazem isso, como, por exemplo, os vulcões. A atividade humana, contudo, é a principal causadora do fenômeno. Indústrias, usinas termoelétricas e veículos de transporte (que utilizam combustíveis fósseis) produzem subprodutos que se agregam ao oxigênio da atmosfera e que, ao serem dissolvidos na chuva, caem no solo sob a forma de chuva ácida.
Devemos lembrar, contudo, que os poluentes, carregados pelos ventos, podem viajar milhares de quilômetros, provocando chuvas ácidas em locais muito distantes das fontes poluidoras.
A chuva ácida, ao atingir o solo, empobrece a vegetação natural e as plantações. Também afeta a fauna e a flora de rios e lagoas, prejudicando a pesca.
Algumas medidas podem atenuar a formação de chuva ácida: economia de energia, uso de transporte coletivo, criação e uso de fontes de energia menos poluentes, utilização de combustíveis com baixo teor de enxofre, etc.
Devemos lembrar, contudo, que os poluentes, carregados pelos ventos, podem viajar milhares de quilômetros, provocando chuvas ácidas em locais muito distantes das fontes poluidoras.
A chuva ácida, ao atingir o solo, empobrece a vegetação natural e as plantações. Também afeta a fauna e a flora de rios e lagoas, prejudicando a pesca.
Algumas medidas podem atenuar a formação de chuva ácida: economia de energia, uso de transporte coletivo, criação e uso de fontes de energia menos poluentes, utilização de combustíveis com baixo teor de enxofre, etc.
Desmatamento
O desmatamento é uma das intervenções humanas que mais prejudicam o planeta. Pode causar sérios danos ao clima, à biodiversidade e às pessoas. Desmatar prejudica os ecossistemas e leva à extinção de centenas de espécies.
Árvores são grandes absorvedoras de dióxido de carbono, um dos gases causadores do efeito estufa (ver abaixo). Portanto, quando o homem derruba florestas, também intensifica o problema do aquecimento global (ver abaixo).
Dentre outras consequências, o desmatamento provoca degradação do solo, aumento da desertificação e erosões, muitas vezes comprometendo os sistemas hidrográficos.
As políticas de reflorestamento, muito comentadas nos dias atuais, são apenas soluções parciais, pois, ainda que ajudem a conter o aquecimento global, dificilmente conseguirão recuperar a biodiversidade das regiões afetadas.
Árvores são grandes absorvedoras de dióxido de carbono, um dos gases causadores do efeito estufa (ver abaixo). Portanto, quando o homem derruba florestas, também intensifica o problema do aquecimento global (ver abaixo).
Dentre outras consequências, o desmatamento provoca degradação do solo, aumento da desertificação e erosões, muitas vezes comprometendo os sistemas hidrográficos.
As políticas de reflorestamento, muito comentadas nos dias atuais, são apenas soluções parciais, pois, ainda que ajudem a conter o aquecimento global, dificilmente conseguirão recuperar a biodiversidade das regiões afetadas.
Efeito estufa
O efeito estufa é um mecanismo atmosférico natural que mantém o planeta aquecido nos limites de temperatura necessários à preservação da vida. Se não houvesse a proteção do efeito estufa, os raios solares que aquecem o planeta seriam refletidos para o espaço e a Terra apresentaria temperaturas médias abaixo de -10oC.
O efeito estufa ocorre quando uma parte da radiação solar refletida pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera, entre os quais o gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O).
Ocorre que, com a queima de florestas e a exagerada utilização de combustíveis fósseis, grandes quantidades de CO2 têm sido lançadas na atmosfera. A emissão desenfreada desse e de outros gases acentua o efeito estufa, a ponto de não permitir que a radiação solar, depois de refletida na Terra, volte para o espaço. Isso bloqueia o calor, aumentando a temperatura do planeta e provocando o aquecimento global.
O efeito estufa ocorre quando uma parte da radiação solar refletida pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera, entre os quais o gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O).
Ocorre que, com a queima de florestas e a exagerada utilização de combustíveis fósseis, grandes quantidades de CO2 têm sido lançadas na atmosfera. A emissão desenfreada desse e de outros gases acentua o efeito estufa, a ponto de não permitir que a radiação solar, depois de refletida na Terra, volte para o espaço. Isso bloqueia o calor, aumentando a temperatura do planeta e provocando o aquecimento global.
Potências emergentes
A sigla Bric dá nome a um grupo formado por países considerados, nos últimos anos, como potências econômicas emergentes: Brasil, Rússia, Índia e China. Entre 2008 e 2009, frente à crise econômica mundial, a importância do grupo ultrapassou a área econômica, e a presença desses quatro países tornou-se indispensável em todas asdiscussões políticas.
O termo Bric foi concebido, em 2001, por uma equipe de pesquisadores do banco americano Goldman Sachs, que elaborou um estudo sobre estimativas de evolução dos mercados, da produção e da demografia na ordem econômica mundial. Segundo esse estudo, no decorrer das próximas décadas, Brasil, Rússia, Índia e China deverão ascender ao topo do ranking das maiores economias do planeta, desbancando potências como o Japão e Alemanha.
Dentre as consequências dessa evolução, devemos salientar a afluência de uma massa de novos consumidores. Segundo o Goldman Sachs, entre 2005 e 2015, os rendimentos de cerca de 800 milhões de pessoas (nos quatro países) poderão cruzar a marca de 3.000 dólares anuais, a linha divisória para o patamar de consumo de classe média. Considerando-se que há hoje no mundo cerca de 2 bilhões de pessoas nessa faixa de renda, o Bric pode fazer o mercado consumidor global crescer quase 50% em apenas dez anos.
Incluir quase 1 bilhão de novos consumidores no mercado certamente causará um impacto sem precedentes sobre a demanda de bens e serviços. Dessa forma, o consumo de aço dos quatro países, que em 2006 era de 143 milhões de toneladas, deve atingir 450 milhões até 2010. O de petróleo deve crescer de 15 milhões para 20 milhões de barris diários. Em 2006, 700 milhões de pessoas tinham acesso à telefonia móvel nos Bric - até 2011 serão quase 2 bilhões.
A força dos Bric provém, em grande parte, da enorme fatia da população mundial existente nos quatro países, onde vivem 2,7 bilhões de habitantes, o equivalente a 40% da humanidade.
O termo Bric foi concebido, em 2001, por uma equipe de pesquisadores do banco americano Goldman Sachs, que elaborou um estudo sobre estimativas de evolução dos mercados, da produção e da demografia na ordem econômica mundial. Segundo esse estudo, no decorrer das próximas décadas, Brasil, Rússia, Índia e China deverão ascender ao topo do ranking das maiores economias do planeta, desbancando potências como o Japão e Alemanha.
Dentre as consequências dessa evolução, devemos salientar a afluência de uma massa de novos consumidores. Segundo o Goldman Sachs, entre 2005 e 2015, os rendimentos de cerca de 800 milhões de pessoas (nos quatro países) poderão cruzar a marca de 3.000 dólares anuais, a linha divisória para o patamar de consumo de classe média. Considerando-se que há hoje no mundo cerca de 2 bilhões de pessoas nessa faixa de renda, o Bric pode fazer o mercado consumidor global crescer quase 50% em apenas dez anos.
Incluir quase 1 bilhão de novos consumidores no mercado certamente causará um impacto sem precedentes sobre a demanda de bens e serviços. Dessa forma, o consumo de aço dos quatro países, que em 2006 era de 143 milhões de toneladas, deve atingir 450 milhões até 2010. O de petróleo deve crescer de 15 milhões para 20 milhões de barris diários. Em 2006, 700 milhões de pessoas tinham acesso à telefonia móvel nos Bric - até 2011 serão quase 2 bilhões.
A força dos Bric provém, em grande parte, da enorme fatia da população mundial existente nos quatro países, onde vivem 2,7 bilhões de habitantes, o equivalente a 40% da humanidade.
Brasil
O Brasil é um dos países que mais ganha com o aumento do intercâmbio com os outros Bric, participando de modo crescente como fornecedor de alimentos e de matérias-primas. Nos últimos anos, por exemplo, as exportações do agronegócio brasileiro para a China, lideradas por soja e carne de porco, cresceram 450%. O Brasil, contudo, é considerado uma incógnita pelos analistas econômicos, especialmente quanto à sua capacidade para lidar com seus três principais problemas: carga tributária pesada, infraestrutura precária e educação deficiente.
Amazônia detém 20% das águas fluviais do mundo
Na bacia amazônica, que cobre uma área de 7,05 milhões de km² no Brasil, na Guiana, no Suriname, na Guiana Francesa, na Venezuela, na Colômbia, no Peru, na Bolívia e no Equador, com sua maior parte (3.904.392,8 km²) no Brasil, circulam cerca de 20% das águas fluviais do mundo.
A floresta amazônica, batizada como hileia por Humboldt, ocupa 5 milhões de km² da área da bacia, e 90% dela está assentada em terras firmes. Nelas, a floresta possui árvores altas (60 m a 65 m), latifoliadas, que formam um "teto" de copas bastante denso.
Com 30 mil espécies de plantas e 2,5 mil de árvores, ela está sendo ameaçada pela ação das madeireiras, dos garimpos e da ocupação agropecuária desordenada. Cerca de 15% da floresta já foi devastada. A exploração dos 70 bilhões de m³ de madeira comercializável é feita por mais de 2.000 madeireiras; apesar de o solo da floresta ser considerado pobre, a colonização agrícola, a pecuária e a cultura da soja destruíram, por derrubada e queimada, mais de 320 mil km² na Amazônia Legal (AC, AM, AP, PA, RO, RR,TO, MT e oeste do MA) ao longo, principalmente, das rodovias de penetração (BR-010, BR-222, BR-230, BR-319 e BR-364); os garimpos de ouro e cassiterita (estanho) no Pará, em Rondônia, no norte de Mato Grosso e no Amapá abriram enormes clareiras na floresta e poluíram os rios.
Recentemente, foi sugerido o uso de agentes químicos e de um fungo para destruir as plantações de coca na Colômbia, sem que se saiba quais poderiam ser as consequências ambientais.
As indústrias farmacêutica e de cosméticos também agem na hileia, pesquisando, muitas vezes clandestinamente (biopirataria), insetos, plantas e animais que podem gerar até US$ 50 bilhões.
Além disso, a guerrilha colombiana (Farc) ligada aos narcotraficantes, ao fugir do Exército da Colômbia - que conta com apoio dos Estados Unidos -, pode invadir o espaço brasileiro. A revitalização do Projeto Calha Norte mostra a preocupação dos militares com a segurança regional. Idealizado em 1985, em meio às tentativas dos países ricos de criar uma zona de exclusão na Amazônia (região pouco populosa e povoada, sem infraestrutura, mal demarcada e sem vigilância, com problemas sociais e ambientais), o projeto pretendia ocupar e desenvolver ordenadamente a região norte da área.
Com poucos recursos, o projeto restringiu-se à proteção dos 6.000 km de fronteira, e as outras ações foram definidas pelo Plano de Desenvolvimento da Amazônia, executado insatisfatoriamente.
Revendo a Cartografia
2- Coordenadas Geográficas :
Latitude e Longitude
Latitude - Distância
do equador a um lugar da Terra, quer no
Hemisfério Norte (latitude norte) quer no hemisfério sul (latitude sul), medida
em graus sobre o meridiano desse lugar.
Longitude - Distância ao longo do
do equador entre o meridiano 0 (o
de Greenwich) e o meridiano do ligar considerado, medida em graus, minutos e
segundos.
Relação existente entre a distância gráfica e a distância real.
E= d/D
E - Escala
D- Distância Real
d- Distância Gráfica
As transnacionais e a globalização do espaço industrial.
- Transnacionais
- grandes empresas que
alcançaram maior crescimento a partir da 2°
GM e passaram a dominar o mercado internacional, ignorando fronteiras políticas
e concentrando grande volume de capital.
A partir da década de 60
- Fusões com o objetivo de
formar aglomerados e conseguir absorver maior mercado e competir com outras
empresas.
Atualmente, empresas transnacionais praticam a associação.
Desconcentração Geográfica
A partir da
2°
Guerra Mundial os investimentos, transnacionais se deslocam para os países do 3°
mundo.
Conseqüências:
·
Modernização desses países.
·
Crescimentos das
cidades.
·
Ampliação do mercado consumidor.
·
Aumentando a dependência e endividamento.
Dívida externa
- Rápido
desenvolvimento de alguns países do 3°
mundo exigiu recursos financeiros - empréstimos.
- A elevação
das dívidas externas se deveu à :
- Alta
inflação
- Choques do
petróleo.
- Queda nas
explorações primárias.
-
Aparecimento de empréstimos e juros variados.
- Os países
pobres passam a ser explorados de capitais para os ricos.
-
Interferência do FMI.
Uma Economia multipolar
Até a
primeira guerra mundial viveu ainda o ciclo de crescimento iniciado na segunda
metade do século XIX, baseado nas indústrias do aço e dos motores a combustão
interna, na eletricidade e no petróleo. Esse ciclo foi interrompido devido a
crise de 1929 ( Quando a bolsa de Ne York quebrou).
Depois da
segunda guerra mundial abriu-se um novo ciclo, no qual o crescimento foi
retomado sobre bases diferentes, apoiadas na reativação da produção e a
circulação de mercadorias.
A hegemonia dos Estados Unidos
Durante as décadas da Guerra Fria, um bloco de
economias estatizadas e centralmente
planificadas isolou-se da economia mundial, organizando-se em torno da União Soviética. De outro lado, o
poderio sem precedentes da economia
americana catalisou a reconstrução da economia capitalista mundial. O dólar
transformou-se na moeda do mundo.
Em 1944, na
Conferência de Bretton Woods, foram lançados os fundamentos da economia do
dólar. Também foram criados organismos plurilaterais destinados a amenizar as
crises internacionais. A crise de 1929- que tinha destampado a garrafa dos
fantasmas: recessão, falências, nacionalismo, nazismo, guerra - atormentava os
economistas de Breton Woods. Para prevenir sua repetição, nasceram o fundo
monetário Internacional (FMI) e o banco internacional para reconstrução e o
desenvolvimento (BIRD), ou banco mundial.
Os megapólos econômicos
A liderança
americana foi sofrendo uma erosão progressiva ao mesmo tempo que a economia
capitalista mundial se tornava mais complexa e multipolarizada.
Atualmente, três
megablocos regionais de expressão mundial apresentam contornos mais ou menos
definidos: a U.E., o Acordo de Livre Comércio da América do norte (Nafta) e a
bacia do pacífico, polarizada pelo Japão.
O fim da Guerra-Fria e a consolidação dos megablocos regionais na
Europa e no pacífico impuseram aos Estados unidos uma revisão da sua inserção
na economia mundial. A concorrência internacional acelerou a constituição de uma zona de livre comércio
na América do Norte, formalizada em 1992.
A formação
do nafta aponta para a progressiva redução das tarifas alfandegárias entre os
estados Unidos, Canadá e México.
As empresas transnacionais e a globalização do espaço industrial
Transnacionais.
Esses conglomerados econômicos não são, verdadeiramente, empresas de muitos
países. Eles têm um centro de decisões empresarial localizado num país
específico, que abriga a sede de um grupo tentacular instalados em dezenas de
outros países. Uma parte dos lucros
obtidos no mundo inteiro é repatriada para o país-sede. A empresa
transnacional tem pátria. Depois da Segunda Guerra Mundial os trustes ficaram
conhecidos como multinacionais ou transnacionais. A febre de absorções e
centralização de capitais não parou. Ao contrário: Atingiu um novo patamar, em
que se tornaram comuns as fusões entre conglomerados transnacionais.
Finalmente
novas formas de associação foram inventadas. Mantendo suas identidades. Apesar
do crescimento do número e da importância das transnacionais japonesas e
européias, os estados Unidos continuaram sendo sua principal pátria.
Desconcentração geográfica da
indústria
As
fronteiras nacionais são limites políticos para os lucros empresariais.
Produzindo dentro desses limites, as empresas têm de atuar num meio econômico
mais ou menos homogêneo, onde estão definidos custos de mão-de-obra, impostos sobre importações de
máquinas e de matérias-primas, e sobre lucros e vendas, legislações restritivas
quanto ao meio ambiente ou a localização industrial.
A
concentração de capitais deu ao grandes conglomerados um novo poder: o poder de
ultrapassar as fronteiras nacionais.
O
deslocamento geográfico de unidades produtivas para novas regiões da periferia
do mundo capitalista oferece vantagens comparativas de diversos tipos.
Talvez a
vantagem mais importante seja o custo
diferencial da mão de obra e também o custo
das matérias -primas e da energia é um fator decisivo para o deslocamento
geográfico de unidades metalúrgicas.
Dívida externa dos países subdesenvolvidos
No pós
guerra, especialmente nas décadas de 50 e 60, quase todo capital estrangeiro
entrou nos países subdesenvolvidos originava-se de investimentos produtivos de
empresas transnacionais .
Mas, a
partir da década de 70, o mercado mundial da moeda tomou o lugar dos
investimentos diretos e dos empréstimos oficiais.
A dívida
global dos países subdesenvolvidos cresceu geometricamente, sobre o impacto dos
vários choques sofridos pela economia mundial. A situação agravou com a queda
das exportações de produtos primários que representavam uma parcela substancial
das entradas de moedas fortes nos países subdesenvolvidos.
Para liberar
novos empréstimos o FMI exige dos países devedores de uma dieta econômica de
sacrifícios que inclui o corte de gastos com o governo em investimentos e
subsídios para pagar aos bancos internacionais.
O Brasil na economia global
Brasil país subdesenvolvido industrializado
Antes da
segunda Guerra Mundial, a América Latina, a Ásia e a África apresentavam um
duplo interesse para os capitais dos países desenvolvidos: Constituíam mercados consumidores de manufaturados e
fornecedores de matérias-primas e
produtos agrícolas. Os investimentos estrangeiros diretos nos países
subdesenvolvidos praticamente se limitavam aos setores ferroviário e elétrico à
mineração e às plantations.
No pós-guerra,
um grupo de países subdesenvolvidos aparece como alvo de investimentos
estrangeiros diretos no setor industrial.
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As
florestas e o meio ambiente
Das áreas
florestais, ainda resta a Amazônia, mas como vimos, a devastação já se encontra
em processo. Esse processo tem para o ambiente conseqüências relativas a, entre
outros, três importantes fenômenos.
·
O primeiro se refere à circulação geral da atmosfera.
·
O segundo fenômeno diz respeito as enchentes. Na ausência de árvores, o
ciclo das chuvas é modificado, a água não é retida no lugar que cai, dirigindo
para as partes mais baixas do relevo.
·
O terceiro relaciona-se à erosão. O impacto direto das águas sobre o
solo desprotegido de árvores acelera sua desagregação e transporte.
O
álcool
Após a
implantação do programa Nacional do álcool (Próalcool) em 1975, o álcool teve
sua utilização intensificada como forma de energia.
O objetivo
visado era a redução do consumo de gasolina, à qual o álcool seria acrescentado
na proporção de 20%, sem necessidade de nenhuma alteração nos motores
tradicionais.
Os resultados
efetivos desta política, assim dada à substituição da gasolina, são
questionáveis. A substituição apenas do derivado não resolve a questão, pois a
obtenção de outros derivados exige o processamento de quantidades crescentes de
petróleo.
Do ponto de
vista ambiental o Próalcool, ao consagrar a prática da monocultura, fez
proliferar as conseqüências de desequilíbrio ecológico dela resultantes.
A Produção Agrícola no Brasil
Nos países da América Latina, o maior destaque econômico é a
agricultura, pois dela provém, em geral , os único produtores de exportação. Em
muitos países a atividade agrícola ainda se desenvolve segundo os moldes do
período colonial: Grandes propriedades pertencentes a poucas famílias, cuja
produção se destina quase integralmente ao mercado externo.
Região sul
A análise dos dados estatísticos sobre os principais produtos
agrícolas do Brasil revela a importância da Região Sul nesse setor. Em 1985,
ela contribuiu com as seguintes percentagens da produção agrícola nacional: 85%
do trigo e do fumo, 84% da uva, 58% da soja, 54% da cebola, 52% do milho, 46%
da batata inglesa, 43% do arroz, 39% do algodão, 37% do feijão. Além disso,
apresenta destaque na produção da
mandioca e amendoim.
Produzindo cerca da metade
do café brasileiro em 1968, o Estado do Paraná, nesses últimos anos,
teve sua produção reduzida sensivelmente pelas geadas, pela concorrência da
pecuária, e de lavouras mais rentáveis e mais resistentes às geadas. O total
produzido em 1985foi cerca de 15% da produção nacional.
Os gráficos das
figuras 6 e 7 mostram a importância da região sul na agropecuária policultora
(que subside até hoje), ao mesmo tempo que se completou a ocupação do
território regional.
Se no princípio essa agricultura só atendia as necessidades
locais, posteriormente ela adquiriu um caráter comercial . O sul transformou-se
em região exportadora de produtos agrícolas para outras regiões do Brasil,
especialmente para o Sudeste. Atualmente grande parte da produção agrícola é
industriada na região, por grandes empresas nacionais e estrangeiras.
Sem perder seu caráter policultor, certas áreas da região
sul especializaram-se em determinados produtos. Esta especialização está muito
ligada à origem do colono. Assim, nas áreas de colonização alemã, o cultivo do
milho e a criação de porcos são uma característica bem marcante.
Região nordeste
As culturas comerciais vêm sendo modernizadas, como é o caso
do Cacau e da cana-de-açúcar , embora esta última apresente rendimentos bem
inferiores ao de São Paulo, Paraná ou Goiás. Essas culturas são geralmente praticadas por médios e
grandes proprietários, que dispões das melhores terras, de crédito agrícola,
máquinas, assistência técnica e podem usufruir os benefícios resultantes da
atuação governamental, como irrigação e estradas.
Vários problemas afetam as atividades rurais no nordeste.
A existência de vasta área de clima semi-árido , com um período seco prolongado,
torna difícil a prática da agricultura no sertão. Nessa área o agricultor, que
não dispõe de terras irrigadas, produz pouco e pode perder toda sua colheita ,
quando o período seco se prolonga. De modo geral, os açudes construídos pelo
governo situam-se nos latifúndios de criação de gado , não beneficiando os
pequenos agricultores.
No nordeste, a maior arte das terras pertence a um número
muito reduzido de proprietários rurais. Apenas 6,4% do número de propriedades
dispõem de 72% das terras. Dizemos então que a estrutura fundiária (da terra) é caracterizada pela concentração
das terras nas mão de poucas pessoas, que detém o poder político e econômico.
As grandes propriedades ou
Latifúndios, dedicam-se a
produção de culturas mais valorizadas, ou à
Criação de gado , que ocupa grandes espaços.
Por outro lado, há um número muito elevado de pequenas
propriedades ou minifúndios, que ocupam
1/5 da área total dos estabelecimento agropecuários do nordeste e onde se
pratica uma agricultura de subsistência
de baixo rendimento. Dos estabelecimentos dos agropecuários do nordeste, 67%
têm dimensão inferior a 10 hectares e, no seu entanto, compreendem apenas 5% da área total das propriedades agrícolas.
Sudeste - Fatores Humanos E Naturais Favorecem A
Atividade Agrícola
Sendo a região
mais densamente povoada é natural que o Sudeste apresente vastas extensões com
lavouras e pastagens. A população urbana da região, bastante numerosa, é um
grande mercado consumidor de produtos agrícolas.
Além disso, o
Sudeste tem um grande litoral e vários portos marítimos, o que incentiva a
produção para venda ao exterior.
As condições
naturais são também favoráveis; sobretudo nas áreas de antigas florestas, onde
os solos são mais férteis, as lavouras se desenvolvem bem. As áreas de cerrado,
ocupadas tradicionalmente apenas com a criação de gado, estão sendo agora
utilizadas para a produção de cereais, batata, algodão. Para isso são aplicadas
técnicas modernas, com o emprego sistemático de adubos químicos.
No Planalto
Sedimentar da Bacia do Paraná as condições de relevo são muito favoráveis,
enquanto no Planalto Cristalino os declives acentuados dificultam o trabalho da
terra. Das áreas de antigas matas do Sudeste, o oeste paulista é que apresenta
as melhores condições de relevo, além da Baixada Fluminense, de menor extensão.
As chuvas são, de
modo geral, suficientes para permitir uma agricultura produtiva. As
temperaturas, do mesmo modo, não constituem problema; pelo contrário, são bem
favoráveis à vida vegetal.
O Sudeste Lidera A Produção Agrícola
Tendo a região
Sul como séria concorrente, a Região sudeste é a principal região na
agropecuária do Brasil. Coloca-se no primeiro lugar como produtor de diversas
mercadorias como algodão herbáceo ( 76% ), amendoim ( 74% ), banana ( 27% ),
café (85% ), cana-de-açúcar (58% ), laranja (82% ), tomate ( 64% ).
Seu rebanho
bovino é o primeiro do país, enquanto o suíno e o ovino são inferiores ao da
Região Sul, a segunda grande região agrícola do Brasil. O Sudeste é a principal
região brasileira produtora de leite e seus derivados, carne de boi, além de
ter a maior avicultura do país.
Para conseguir
esses resultados, o sudeste aplica técnicas avançadas em relação às outras
regiões: maior utilização de adubos químicos e tratores. O Sudeste é a região
brasileira de agricultura mais mecanizada. Veja o gráfico e compare as diversas
regiões.
Mas, dentro do
Sudeste existe muita diversidade: há áreas de grande produção, maior uso de
adubos e de máquinas: é o caso de São Paulo. Este Estado produz mais que os
outros três reunidos. Participa com elevadas percentagens da produção
brasileira: 37 % do algodão; 46% da cana-de-açúcar, 38 % do café, 69 % do
amendoim, 24 % da batata, 72 % da laranja, 21% da uva, 47 % do tomate:
destaca-se também como produtor de milho, banana, além de muitos outros.
Há Paisagens Agrícolas Bem Diferenciadas
Na Região Sudeste
pode-se observar um nítido contraste: uma área quase inteiramente dedicada à
pecuária de corte extensiva e outra em que a criação e as lavouras são
importantes.
O paralelo de 18º
é , aproximadamente, o limite entre essas duas áreas, como mostra a figura .
Ao norte do
paralelo de 18º, a pecuária extensiva é a grande atividade dos fazendeiros. As
lavouras são geralmente destinadas à
alimentação das próprias áreas produtoras. As terras são ocupadas quase que
totalmente pelas pastagens naturais, sendo o gado destinado à produção de carne
Ao sul do
paralelo de 18º encontramos paisagens agrícolas muito mais diversificadas: a
criação de gado é muito importante mas, também as lavouras, sobretudo de café,
cana-de-açúcar, arroz, milho, algodão, entre muitas outras.
A área de
pecuária de corte extensiva é menos povoada, tem poucas cidades e poucas
estradas. Já a área de criação e lavouras ( ao sul do paralelo de 18º ) tem
maior população, muitas cidades importantes e grande número de rodovias e
ferrovias.
As áreas de
melhor aproveitamento são as que apresentam melhores solos, melhor relevo, as
áreas mais próximas de grandes cidades, as áreas que dispõem de melhor
transporte.
Distribuição Espacial Da Agricultura
Numa tentativa de
globalizar as idéias sobre a distribuição da agricultura no sudeste, podemos
distinguir as seguintes áreas, que aparecem
na figura 19.
- O Planalto
Ocidental Paulista, onde há grande diversidade de culturas: café, algodão,
soja, amendoim, cereais, cana-de-açúcar, grandes pastagens naturais, visando a
pecuária de corte: é uma área de agricultura moderna, mecanizada, de grande
rendimento;
- Uma área
aproximadamente central influenciada pelas grandes cidades, onde há pecuária
leiteira, café, cana-de-açúcar, horticultura, fruticultura: é também uma área
de agricultura modernizada;
- Uma área
litorânea, onde aparecem algumas culturas importantes: cacau, cana-de-açúcar,
laranja, banana;
- Uma área ao
norte do paralelo de 18º, em que a pecuária de corte é a atividade mais
importante: também há culturas de cereais e café;
- Mais ao norte,
há predomínio da criação de gado para corte, feita geralmente em condições mais
extensivas; as lavouras são feitas quase exclusivamente com o objetivo de
atender o consumo local.
O sudeste tem grandes lavouras comerciais
Sendo a região de
maior consumo no Brasil, além de ser a região mais povoada, de maior número de
estradas, o sudeste tem uma agricultura bastante diversificada.
O café, foi,
durante algum tempo, a lavoura predominante, que desbravou e povoou grandes
áreas. Era uma monocultura, feita em grandes fazendas.
Com as crises da
superprodução de café, houve diversificação de culturas e as grandes fazendas
foram divididas em propriedades menores.
Como essa cultura
já tinha atraído muita gente e provocado a criação de cidades e estradas, a
produção de outras plantas cresceu depressa.
Assim o Sudeste
tornou-se o principal produtor de cana-de-açúcar e de algodão, tradicionais
produtos do Nordeste.
A cana-de-açúcar
é produzida sobretudo em São Paulo, como também o algodão. Café, açúcar e
algodão são produtos importantes nas nossas vendas ao estrangeiro.
Ao mesmo tempo,
ampliaram-se as culturas destinadas ao mercado interno: arroz, milho,
fruticultura, horticultura e vários outros. Dentro da Região Sudeste, os
diversos cultivos são realizados em áreas mais ou menos especializadas: a uva,
por exemplo, é quase toda produzida nas vizinhanças de Jundiaí, entre as
cidades de São Paulo e Campinas.
Região norte
A produção agrícola e o problema da terra
A produção
agrícola da Região Norte tem ainda pequena expressão no conjunto do Brasil. Em
parte isso decorre de seu pequeno mercado regional e também da distancia que
separa o Norte das regiões mais povoadas do pais.
Algumas
poucas áreas apresentam certo desenvolvimento agropecuário:
·
A Zona Bragantina, próxima a Belém, cuja produção visa ao mercado da
capital paraense; sua produção de pimenta-do-reino e malva e vendida em todo o
Brasil;
·
A ilha de Marajó, onde a pecuária e feita também com o objetivo de
abastecer Belém;
·
Os campos limpos de Roraima, onde as fracas pastagens naturais
alimentam um rebanho muito pequeno;
·
As várzeas do Rio Amazonas, desde as proximidades de Manaus ate a foz
do Rio Xingu, onde se pratica a cultura da juta e de plantas destinadas ao
consumo da própria região;
·
As frentes pioneiras do sul da região sob influencia do Sudeste e do
Centro - Oeste, em que a pecuária cresce em ritmo acelerado, ao longo das
rodovias Belém - Brasil, Brasília - Acre e outras.
Alguns
produtos tem importância para o Brasil todo. A pimenta-do-reino e cultivada no
Para; a juta ( para sacos de aniagem ) e produto no vale do Rio Amazonas. Os
outros produtos de maior importância destinam - se a própria região, como o
arroz, mandioca, milho.
A agricultura
poderá vir a ser muito mais importante do que atualmente, porque os solos da
Amazônia, do mesmo modo que os de outras regiões do Brasil, permitem uma
agricultura produtiva, desde que sejam empregadas técnicas aperfeiçoadas.
Na medida em
que haja possibilidade de vender seus produtos para outras regiões do Brasil,
ou para outros países, a Região Norte terá maior crescimento agrícola.
Havendo muita
terra e pouca gente na Amazônia, pode parecer que e fácil o acesso a
propriedade da terra. Na realidade, não e assim. Há conflitos sérios de
interesses entre os indígenas, os donos de seringais e castanhais, os colonos (
lavradores que tem uma pequena propriedade, resultante de projetos de
colonização), os posseiros, os grileiros, os trabalhadores rurais sem terra e,
mais recentemente, as empresas de mineração e as firmas industriais, comerciais
e financeiras do Sudeste e do Sul ( incluindo as multinacionais instaladas no
pais ), que desenvolvem projetos agropecuários.
Nos últimos
anos tem havido a implantação de enormes fazendas para a criação de bovinos
para corte, com o apoio dos muitos incentivos que o Governo Federal concede as
grandes empresas. Por outro lado, a colonização ( distribuição de pequenas
propriedades ), que poderia povoar mais efetivamente a região, não tem sido
estimulada e vários projetos de colonização apresentam fracos resultados.
De modo
geral, os conflitos nessa disputa pela terra não tem tido soluções
tranquilizadoras. Freqüentemente os choques de interesse são resolvidos pela
violência, que muitas vezes chega ate a morte.
A tentativa
de instalar na Amazônia os excedentes de população das outras regiões,
sobretudo do Nordeste, não apresentou resultados satisfatórios.
Região centro - oeste
A expansão do espaço agrícola
O centro -
Oeste e uma região em processo de ocupação. A área total dos estabelecimentos
agropecuários só atinge 60% do território ( na Região Sul ela e de 83% ).
O espaço
agrícola vem apresentando uma grande expansão nas ultimas décadas. Ao mesmo
tempo, a atividade agrícola sofre transformações: novas culturas são
introduzidas na região e as técnicas utilizadas são mais evoluídas.
Ao lado da
pequena agricultura de subsistência,
encontrada em quase toda a região, o Centro - Oeste possui áreas agrícolas de
maior importância. Nessas áreas pratica - se uma agricultura comercial, isto e,
destinada ao abastecimento das principais cidades da região e a exportação para
o Sudeste.
Essa
agricultura comercial ocupa as antigas manchas de florestas, situadas no sul de
Goiás e do Mato Grosso do Sul, onde os solos, semelhantes a terra roxa, são
mais férteis que os solos pobres da extensa área de cerrados.
Mais
recentemente, a agricultura passou a ocupar áreas de campos do Mato Grosso do
Sul ( campos de Vacaria ), com modernas culturas de soja e trigo, transformando
a paisagem dessa região. Essa expansão resulta, em grande parte, da atuação de
empresas agrícolas originarias do Sudeste e do Sul, atraídas por incentivos
oferecidos pelos órgãos de desenvolvimento regional.
Também as
áreas de cerrado passaram a ser ocupadas pela agricultura. Sua utilização para
cultivos agrícolas exige a aplicação de moderna tecnologia, que inclui correção
da acidez do solo pelo emprego do calcário moído, uso maciço de fertilizantes e
aplicação de técnicas adequadas de cultivo.
Visando ao
aproveitamento desses solos para a expansão da agropecuária, vem sendo desenvolvida
na região um programa denominado polocentro. Sua execução cabe a sudeco
(superintendência do desenvolvimento do Centro - Oeste ) e ao Ministério da
Agricultura.
No Estado de
Mato Grosso verifica - se também expansão das atividades agropecuárias,
sobretudo em algumas áreas do centro - sul do atual Estado. Essa expansão deve
- se a abertura de novas áreas de mata pela instalação de colônias agrícolas
estaduais e particulares. Essas colônias tem atraído muitos imigrantes
(paulistas, mineiros, paranaenses, gaúchos, nordestinos, etc.), Alem de
elementos da própria região.
As regiões de
Caceres, Alto Paraguai, norte de Cuiabá (ao longo da Rodovia Cuiabá -
Santarém), Rondonópolis e outras vem sendo ocupadas através de frentes
pioneiras que se deslocam a procura de novas terras.
A Ocupação do
norte do Estado e feita também por grandes empresas agropecuárias (do Sudeste e
do Sul, sobretudo), que aproveitam os incentivos fiscais da SUDAM e da Sudeco,
para desenvolver basicamente a pecuária.
No norte de
Goiás também se verifica a atuação de empresas agropecuárias, principalmente no
vale do Araguaia e ao longo da Belém - Brasília .
Os
problemas da ocupação atual do espaço:
A atuação
governamental, através da política de
incentivos fiscais ( como os adotados para o Nordeste ) e da implantação de
estradas, tem sido fundamental para a ocupação recente da fronteira agrícola (
espaço em processo de ocupação ), tanto no Centro - Oeste quanto na Amazônia.
Esses estímulos tem atraído investimentos para essas regiões, que são aplicados
em projetos agropecuários desenvolvidos por grandes proprietários,
principalmente por empresas do Centro - Sul ou multinacionais.
Os projetos
estão geralmente relacionados com a pecuária, feita em grande escala, e com
culturas comerciais muito valorizadas ou destinadas a exportação, como a soja.
Outros estão interessados na exploração mineral.
A ocupação
através do assentamento de pequenos agricultores e pouco significativa. A
política de colonização não vem sendo executado como prevêem os planos do
governo.
Por outro
lado, os programas governamentais para o Centro - Oeste, de modo geral, só
beneficiam os médios ou grandes proprietários. O Polocento, por exemplo, que
visa ao aproveitamento dos solos pobres do cerrado, exige um tipo de agricultor
que disponha de recursos ( capital ) para o emprego de técnicas modernas
adequadas a esses solos. Os pequenos agricultores da região ou os que chegam de
outras regiões na esperança de uma nova oportunidade de vida são, praticamente,
excluídos dessa política governamental.
Dessa forma,
a organização atual do espaço agrícola no Centro - Oeste vem sendo efetuada
através da penetração de uma atividade agrícola moderna, utilizando mecanização
e técnicas evoluídas e, principalmente, da pecuária, que se expande por amplos
espaços .
Em
conseqüência, a oferta de empregos no setor rural e cada vez menor,
favorecendo, assim, o aumento do êxodo rural. Por outro lado, esse processo tem
contribuído para fortalecer a posição dos grandes proprietários de terra em
detrimento do médio e do pequeno produtor rural, que empregam mão-de-obra mais
numerosa e se dedicam as lavouras produtoras de alimentos para o mercado
interno.
A política
adotada para a zona rural dessas regiões de fronteira agrícola não vem contribuindo
para uma divisão mais equilibrada da terra. Predominam ali as grandes
propriedades, muitas das quais são latifúndios improdutivos, enquanto um
elevado numero de trabalhadores rurais permanece sem acesso a terra.
A estrutura
fundiária do Centro - Oeste mostra que mais de 70% das terras estão ocupadas
por grandes propriedades de mais de 1000 hectares. Essas terras pertencem a
apenas 7% dos proprietários rurais. Desses, 0,5% tem propriedades de mais de
10000hectares, perfazendo 32% do total das terras. Há fazendas com mais de
200000 ou 300000 hectares na região. Dos 53 estabelecimentos agropecuários de
mais de 100.000 hectares existentes no Brasil em 1980, mais da metade ( 28 )
estavam no Centro - Oeste. Esses cobriam uma área total de 6500000hectares,
isto e, 5,7% de toda a área das propriedades rurais da região. Sua área media
era de mais de 230000hectares. Por outro lado, mais de 60% dos estabelecimentos
agropecuários detém apenas 4% das terras.
O problema da terra tem provocado sérios conflitos entre os
pequenos agricultores e posseiros e os grandes fazendeiros e empresários
rurais, muitos deles resultando em violências e mortes. As reservas indígenas
vem também sendo disputadas e muitas vezes sofrem invasões, aumentando a
violência na região.
Outro aspecto
negativo desse tipo de ocupação acelerada e desordenada e o desmatamento
desenfreado que ocorre na região e que vem sendo ampliando rapidamente. Esses
desmatamentos vem provocando grandes desequilíbrios ecológicos na região.
A
produção agropecuária cresce de importância :
Vários
produtos agrícolas são cultivados no Centro - Oeste. Quais são eles? Alguns
produtos tem destaque na agricultura nacional, como o arroz, o de maior valor (
cerca de 1/5 da produção brasileira ), a soja ( cerca de 1/3 ), o milho, o
trigo, o algodão..
Goiás e o
segundo produtor nacional de arroz, após o Rio Grande do Sul. A produção de
soja, que tem crescido bastante nos três Estados da região, só e suplantada
pela dos Estados do Rio Grande do Sul e Paraná. O trigo se expande no Mato
Grosso do Sul, que já e o terceiro produtor nacional, colocando depois do
Paraná e do Rio Grande do Sul.
Podemos
destacar três principais áreas agrícolas no Centro - Oeste: o centro - sul de Goiás, o vale do Paranaíba e a porção
meridional do Mato Grosso do Sul.
O centro -
sul de Goiás e também chamado Mato Grosso de Goiás, pela existência de antigas
manchas de mata na região. Os solos férteis dessas manchas florestais foram
ocupados pela agricultura e essa região tornou - se a principal área agrícola
do Estado. Que produtos agrícolas são ali cultivados?
Situando - se
nas proximidades de Brasília ,constitui importante fonte de abastecimento em
produtos agrícolas para a população daquela cidade, bem como para Goiana,
Anápolis, Ceres e outras.
Situando nos
limites com Minas Gerais, o Vale do Paranaíba também possui solos férteis,
derivados da decomposição de rochas basalticas ( terra roxa ). Como o terreno e
menos acidentado que no Mato Grosso de Goiás, o uso de maquinas agrícolas e
mais difundido e os rendimentos mais elevados. Essa e a principal área
produtora de arroz de Goiás.
A parte
meridional do Mato Grosso do Sul constitui a principal área agrícola desse
Estado. Destaca - se ali a região florestal de Dourados, onde se implantou uma
colônia agrícola. Os produtos de maior destaque são o milho, o arroz, o café, a
soja, o amendoim e o trigo.
Divisão territorial do trabalho - Uma especialização
interna de funções e de concentração produtiva, que se manifesta na
desigualdade espacial.
Estabelecendo
a ligação entre as diversas regiões tornando-as interdependentes e integradas a
um constante fluxo de mercadorias, que em última análise, é o grande
responsável pela concretização da atividade produtiva.
Transportes
Conceito:
Ramo de
atividade econômica cuja função principal e interligar a produção e o consumo
de bens. A importância do transporte acentua-se cada vez mais na organização
econômica e social dos países, influindo progressivamente na produção agrícola
e industrial; no comercio interno e exterior; na composição dos preços; na
regularização dos mercados; nos diferentes usos da terra e na urbanização. As
condições de conforto e bem-estar de uma sociedade dependem de um sistema de
transporte que permita o rápido e eficiente intercâmbio de homens e de coisas.
Modalidades
de operação:
Uma operação
de transporte e dimensionada por três fatores: a quantidade transportada
(número, peso e valor), a distância percorrida, o tempo de percurso.
A evolução a
longo prazo dos diferentes modos de transporte e comandada pela evolução dos
sistemas de conversão energéticas e da tecnologia dos motores. Quando acontece
os novos modos de transporte suplantarem os precedentes, jamais os eliminam
complemente (serve de exemplo o que ocorre com a tração animal).
O conjunto
das infra-estruturas utilizadas por um mesmo modo de transporte constitui uma
rede ou malha ferroviária, rodoviária etc. A expressão sistema de transportes
estaria reservada para o conjunto das diferentes malhas de transportes. Os
modos de transportes existentes são o terrestre (ferroviário, rodoviário e
dutoviário), o aquaviario (fluvial e marítimo), e o aéreo. A estes deve-se
juntar, pelo futuro que lhe e atribuído, o Hovercraft, engenho sem rodas, já
comprovado e em uso, que se move sobre a terra e a água, vencendo ate alturas
de 50cm a 3m e possivelmente mais.
São os
seguintes os marcos mais significativos para a operação econômica das diversas
modalidades de transportes; invenção da maquina a vapor ( 1807 ); inicio do
transporte ferroviário ( 1830 ); inicio do transporte dutoviário ( 1865 );
inicio da utilização comercial do automóvel ( 1917 ); inicio da aviação
comercial ( 1926 ). Poder-se-ia juntar a esses acontecimentos a construção, em
Londres, do primeiro Hovertrem, em 1971.
Do ponto de
vista comercial, o transporte pode ser classificado em transporte interior ou
continental e exterior ou intercontinental. Os transportes interiores se
dividem em transportes rodoviários, ferroviários, fluviais e de cabotagem. Os
exteriores compreendem o transporte marítimo de longo curso e a aviação
comercial. Embora o desenvolvimento do ramo transporte apresente uma
interdependência em relação ao desenvolvimento econômico, observa-se que as
demandas desse setor em geral crescem a nível superior ao do conjunto da
economia, isto e, a elasticidade-renda do setor transporte e maior que 1. Tem
crescido de modo semelhante o numero de pessoas ocupadas no ramo. Segundo dados
estatísticos da OIT (Organização Internacional do Trabalho), nos países desenvolvidos
da Europa ocidental, nos EUA e no Canadá a população ocupada nos serviços de
transporte situa-se entre 5 e 7% do total da população ativa.
O
transporte fluvial:
Entre os
modos de transporte existentes o fluvial e o mais antigo. Seu custo operacional
e muito baixo. E utilizado no deslocamento de grandes massas de produtos de
baixo valor em relação ao peso e sua econimicidade de operação depende quase
exclusivamente dos custos da carga e descarga.
Transporte
marítimo
A evolução
desse modo de transporte e marcada pela perda em favor do transporte aéreo do
mercado intercontinental de passageiros pela especialização dos navios
(petroleiros, graneleiros, etc.) e pelo aumento da capacidade media das
embarcações. As vias marítimas são especialmente favoráveis , do ponto de vista
econômico , para grande tonelagem de carga e grandes distancias. De um modo
geral, seus custos são de cinco a dez vezes menores que os dos transportes
interiores. Em I969 havia no mundo apenas cinco portos capazes de receber navios
de mais de cento e cinqüenta mil toneladas. Mas o mundo desenvolvido esta se
preparando para receber os grandes navios (500.000 t) , que se tornaram ainda
mais economicamente necessários depois do fechamento do canal de Suez.
Transporte
ferroviário :
Num sistema ferroviário explorado em condições
ótimas, obtém-se o transporte do máximo de toneladas com o mínimo de trens por
quilometro. Embora estabilizado em países como os EUA e URSS, o transporte
ferroviário em outros países representou um sensível declínio que culminou na
década de I940. Embora não haja identidade de problemas, de pais a pais, que justificasse falar-se de uma doutrina ferroviária ou de
uma política ferroviária uniforme, coincidiu, entretanto, que de I950 a I960
não se construíram novas ferrovias na Europa, exceção feita da Espanha,
Polônia, Bulgária e Iugoslávia. No mesmo período diminui a quilometragem das
vias exploradas na Bélgica, na França, no Reino Unido. Ha quem explique o
decréscimo com o desenvolvimento do setor rodoviário, que passou a concentrar a
atenção dos governos. Na década de I970, porem o transporte ferroviário
ingressou numa fase de total recuperação. O progresso tecnológico de um lado e,
de outro, a consideração de novas variáveis econômicas desenvolveram ao trem o
valor que tivera antes. Passou-se, inclusive, a analisar as ferrovias sob o
prisma macroeconômico, levando-se em
conta que nesse tipo de empresa o aspecto social tem um peso forte. Importantes
inovações foram introduzidos.
Transporte rodoviário :
A exploração
e realizada por indivíduos isolados ou por empresas e, em ambos os casos, para
uso privado ou para uso publico. A primeira grande malha rodoviária foi
construída na Antigüidade, pelos romanos, e contava com solidas estradas. A
superioridade do transporte rodoviário faz-se sentir para curtas distancias e
para pequenas quantidades. A importância desse modo de transporte e crescente.
Servindo ao transporte de mercadorias, o
parque mundial de automóveis cresceu, de I950 a I960 em media 1,3 vezes mais
que o PNB, enquanto o de automóveis de turismo
cresceu em media 2,2 mais que o PNB.
Transporte
aéreo :
A exploração
e realizada por empresas e, excepcionalmente, por indivíduos. Sendo o
transporte mais rápido, e procurado por passageiros, sobretudo para as grandes
distancias. O avião e utilizado ainda para transportar mercadorias de alto
valor unitário em relação ao volume e ao peso e, também, mercadorias
perecíveis: alimentos, tais como carnes, frutas e hortigranjeiros. O
desenvolvimento do transporte aéreo e continuo, embora seja dentre todos o mais
caro. Seu custo e quatro vezes maior que o transporte rodoviário, seis a sete
vezes maior que o ferroviário e trinta a quarenta vezes maior que o transporte
marítimo. Nos EUA o avião transporta mais passageiros que o trem.
Transporte
dutoviário:
É feito no
interior de uma infra-estrutura fixa, por diferença de pressão, sem utilização
no engenho móvel. Novas soluções técnicas tornam mais freqüentes esse meio de transporte. Limitados ao transporte
de gases e líquidos ou mercadorias em estado pastoso, ocorre a justificativa
econômica de misturar água as substancias solidas, de modo a torna-las transportáveis por dutovias.
Conceituar
espaço da produção
É tudo que
existe dentro de um país voltado para a produção, e para o espaço que eles
ocupam.
Explicar
a localização das principais cidades brasileiras - Nas cidades que são grandes
centros consumidores a concentração fabril é maior . Além disso elas possuem
maior facilidade de escoamento de mercadorias e melhores infra-estrutura,
beneficiando as indústrias.
Identificar
e exemplificar a classificação dos bens industriais:
Bens de produção - mercadorias que são utilizadas pelos
capitalistas para produzir mercadorias
que tem como destino o consumidor final.
- Bens intermediários - Quando
produz matérias primas ou insumos básicos destinados a outras indústrias
- Bens de equipamento - Quando produz maquinário utilizado para a produção de novas
mercadorias.
Bens de consumo - produz mercadorias destinados ao
consumidor final.
- Bens duráveis: Mercadorias
com ciclo de reprodução longo.
- Bens não duráveis:
Mercadorias com ciclo de reprodução curto.
Diferenciar
as duas grandes formações geológicas do território brasileiro.
Bacias - Pontos mais baixos do território e que recebem
sedimentos dos terrenos mais altos.
Escudos - Formações geológicas muito antiga, já desgastadas
pelo tempo, que não tendem a apresentar grandes distúrbios geológicos.
Identificar
as principais áreas de exploração de ferro e manganês no Brasil.
Ferro: Quadrilátero ferrífero ( MG ), Serra dos Carajás
(PA), Urucum (MG) e na chapada Diamantina (BA)
Manganês - Serra do navio (AP), Carajás (PA), Quadrilátero
Ferrífero (MG) e Urucum (MS).
Compreender
e explicar a importância da indústria Siderúrgica na economia mundial.
A Siderurgia
é a mais importante atividade do setor de transformação de minerais metálicos
do mundo.
Através dela
são fabricados aço dos mais variados tipos e formas, que dão origem a muitos
produtos, principalmente máquinas.
Explicar
os elementos e as condições que favorecem a obtenção de energia no Brasil.
Energia térmica -
Pelo fato de o Brasil possuir grandes jazidas de Petróleo, carvão
mineral e gás. Além disso possui grandes tensões de terras , podendo assim
produzir lenha ( carvão vegetal).
Energia hidráulica - Porque além de possuir uma rede
hidrográfica favorável, o Brasil possuiu um alto índice pluviométrico. Assim a
água é um recurso abundante em nosso país.
Diferenciar
as duas etapas do processo de industrialização do Brasil.
1ª Etapa: Ocorrido sob o Governo de Getúlio Vargas, o
processo de industrialização caminhava
em busca de autonomia do capital estrangeiro. Os incentivos estatais eram
direcionados para o setor de bens-de-produção e tentava-se estimular sobretudo
a fabricação interna de determinados bens de consumo duráveis cujo as
exportações tinham crescido muito.
2ª Etapa: A Expansão de bens de consumo duráveis foi ainda
maior. Os ramos industriais que se destacaram foram o de elétrons domésticos e
o automobilístico, com nítida tendência para a sofisticação de seus produtos.
Explicar
como a indústria automobilística contribuiu para a urbanização brasileira.
O Fato de a
indústria automobilística ter se transformado num dos principais setores da
economia brasileira, fez com que ela gerasse um grande número de empregos ,
tornando-se uma das principais responsáveis pela concentração urbana acontecida
em nosso país, a partir dos anos 50.
Diferenciar
a organização sócio-econômica e espacial da cidade e do campo.
Cidade: Predominância
dos setores secundário e terciário; grande concentração populacional da
população brasileira.
Campo: Predominância do setor primário com menor
concentração populacional.
Explicar
o que é terra Fértil
É a terra que
gera mais riquezas após a venda do produto que o valor investido no processo de
produção.
Relacionar
a atividade comercial à produção da agricultura.
No
capitalismo, há a tendência de que a comercialização seja o principal destino
dado a produção. Isso significa que os produtos dos diversos bens o fazem
prioritamente para encaminhá-los ao mercado, e não para o consumo próprio.
Renda
da terra
É a quantia
de riqueza apropriada por quem se apossa privadamente da terra, um bem
oferecido pela natureza.
Tecnologia
e o aproveitamento da terra.
O
desenvolvimento tecnológico acarreta um melhor aproveitamento da terra, porque
proporciona uma maior e melhor produção. Significando ampliar mercados, vender
por melhores preços e conseqüentemente acumular mais dinheiro.
Analisar
os elementos fundamentais da estrutura fundiária brasileira:
Minifúndios: Estabelecimento que tem a maior parte de sua
área dedicada a lavoura, mas cobrindo uma pequena porcentagem da área ocupada.
Latifúndios: Baixo índice de aproveitamento do solo, absorve
pouca mão-de-obra e cobre grandes extensões de terra.
Trabalho sobre produção
agrícola
A agricultura na Região Norte
Decorrente
das flutuações dos preços no mercado externo , a atividade extrativa
possibilitou o desenvolvimento das atividades agropastoris. Muitos problemas
são enfrentados pelas atividades agrícolas como : presença de plantas e animais
daninhos , os solos muito arenosos , a abertura de clareiras na floresta , as
grandes distancias e o transportes , ainda suficientes e o pequeno mercado de
consumo.
A
atividade agrícola , apesar de grandes vazios , é praticada em pequenas e
medias propriedades , enquanto a agricultura comercial , em áreas mais
habitadas , a de subsistência, espalha-se por vários pontos da região.
Mandioca
, arroz , milho e feijão são os principais produtos da lavoura de subsistência
, principalmente , a mandioca ,
largamente utilizada na alimentação regional .
As
duas regiões de agricultura comercial são :
Zona bragantina do Pará : Situado no nordeste
do estado , cultiva três produtos: pimenta-do-reino , malva e juta .
Os
municípios agrícolas são : malva em Capitão Poço , pimenta do reino em Tomé-Açu
. Este ultimo produto foi aclinado na região pela colonização japonesa . A
terra firme, situada a salvo das inundações , é a área de cultivo.
A
abertura de novas rodovias , como a Belém- Brasília , impulsionou a atividade
agrícola , possibilitando maior intercâmbio , com as outras regiões brasileiras
.
Médio Amazonas : Estende-se ao longo da calha
amazônica, da cidade de Manacapuru ( AM ) a de Monte Alegre ( PA ) . Predominam
as pequenas e medias propriedades policultoras. O principal produto da lavoura
comercial é a juta , fibra têxtil aclimada pelos colonos japoneses na várzea
amazônica
Rondônia :A partir da década de 70, Rondônia
atraiu agricultores do sul do pais . É um polo marcado pelos conflitos
fundiários e por contrastes . Enquanto 17% de sua área é constituída por solos
férteis , que propiciam importantes culturas comerciais de cacau e café, os 83%
restantes
são cobertos de terras de ma qualidade .
A região de cerrado do Tocantins : A correção
do solo proporciona alta lucratividade na monocultura da soja .
A Agricultura na Região Nordeste
As
atividades agropastoris são responsáveis pela ocupação do nordeste ,
permanecendo ate a atualidade , como base econômica regional . De acordo com as
características desta atividade , o Nordeste esta dividido em quatro
sub-regiões : Zona da Mata e Litoral , Agreste , Sertão e Meio-Norte.
Zona da Mata e Litoral :
Compreende
toda a faixa costeira no litoral oriental
, do Rio Grande do Norte ate a Bahia . Por Zona da Mata pode-se entender uma parte da faixa litorânea , compreendendo, Alagoas,
Pernambuco , Paraíba , Sergipe ate o Recôncavo Baiano.
Raramente
, ultrapassando a largura de 100 Km , a Zona da Mata e Litoral , correspondem a
principal região agrícola do Nordeste . Após o desmatamento da vegetação
natural de floresta , estabeleceram-se os latifúndios monocultores. São
lavouras comerciais do tipo “Plantation”.
Não ha espaço para a lavoura de subsistência , pois os solos massapé , muito
férteis, são utilizados para as grandes plantações.
A
mão-de-obra assalariada provem do interior da região, nos períodos do plantio e
da colheita . Devido a excessiva concentração de terras, estudos estão sendo
feitos , para solucionar a sua redistribuição. Os principais produtos
cultivados na Zona da Mata e Litoral são :
Cana-de-açúcar
: é a monocultura mais antiga, constituindo-se hoje numa “Pantation “.
Os
engenhos antiquados cederam lugar às modernas usinas . Abastece o mercado
interno , sendo também , exportada . Os maiores produtores nordestinos são :
Pernambuco , Alagoas e Recôncavo Baiano.
Cacau
: outro produto da “Plantation “,
cultivado no sul da Bahia , em grandes propriedades. Inicialmente era um
produto extrativo , mas a concorrência do cacau africano obrigou a
racionalização da produção cacaueira . É cultivado em seu “habitat” natural ,
exigindo calor , muita umidade e sombreamento .
Itabuna
e Ilhéus são os municípios de maior produção . Ilhéus é porto exportador.
Arroz
: cultivado nas áreas alagadas , do baixo curso do São Francisco , entre
Alagoas e Sergipe, abastece a Zona da Mata . Ainda no sul da Bahia aparece o
cultivo da seringueira de recente
introdução .
Os outros produtos também cultivados na Zona da
Mata e no Litoral aso : o coco-da-baia e o tabaco.
Agreste :
Estreita
faixa de transição entre a Zona da Mata e o Sertão , carrega características
das duas áreas limítrofes.
Estende-se
do Rio Grande do Norte ao norte da Bahia.
Predominam
as pequenas e medias propriedades policultoras , alem das fazendas de gado .
Aqui ha espaço para a coexistência das lavouras comercial e de subsistência .
No
Agreste as áreas mais úmidas recebem a denominação de “brejos “, como no alto
Borborema , sendo intensamente utilizados na agricultura.
Os
produtos da policutura cultivados em caráter de subsistência e também comercial
são : Milho , café, mandioca , feijão , frutas
e cereais.
Os principais produtos
comerciais do Agreste são : Algodão , sisal ou agave e
tabaco
Sertão :
É
a mais extensa das sub-regiões , apresentando grande variedade no aspecto
natural. As condições de semi-aridez dificultam a atividade agrícola ,
condicionando-a às áreas próximas aos
vales fluviais ou aos “cariris” , fontes
d’água , nos sopés das serras.
Nos
“cariris” ou vales fluviais predomina a policultura de subsistência : café , legumes
, algodão , feijão e mandioca .
As
lavouras comerciais do sertão são : Algodão ,
cebola e castanha de caju.
Meio-Norte :
Compreende a região de transição
, no Maranhão e parte do Piauí . No médio e baixo vale dos rios Mearim ,
Pindaré e Grajaú , desenvolve-se a agricultura comercial do algodão e do arroz. Maranhão e um dos maiores
produtores brasileiros , destacando-se os municípios de Bacabal e Pedreiras .
As outras lavouras são em caráter de subsistência : milho , feijão e mandioca .
A Agricultura na Região Sudeste
A
atividade agrícola desenvolve-se em
vastas extensões do Sudeste , apartir da Região central de Minas , para o sul .. As grandes propriedades estão
voltadas para a lavoura comercial , associando-se , as vezes à pecuária .
Graças
aos órgãos de assistência rural, como a EMATER , as técnicas agrícolas tem se
aprimorado . As atividades , predatórias , como as queimadas estão sendo
substituídas por técnicas modernas , que não prejudicam o solo .
A
irrigação , o plantio em curva de nível , em terraços , assim como os
fertilizantes , são amplamente utilizados , garantindo produtividade elevada .
Os
sistemas de armazenagem e comercialização passam por modificações e melhorias nos equipamentos.
Dentre
os produtos cultivados no Sudeste, destacam-se :
-
Café : Principal produto da monocultura de exportação , é responsável
pela ocupação inicial de vastas regiões no Sudeste .
Atualmente
, o café e importante produto agrícola no sul do Espirito Santo e de Minas
Gerais , alem do oeste de São Paulo .
Sua
valorização no mercado externo m, favoreceu o replantio . Antigas áreas
produtoras estão sendo retomadas em São Paulo e Minas , provocando o
renascimento econômico de varias cidades .
Produto
de exportação , é escoado pelo porto de Santos .
- Milho : É cultivado em todos os
estados do Sudeste .
-Arroz
: São Paulo e Minas são os maiores produtores do pais .
-
Cana -de-açúcar : Cultivado em todos os estados do Sudeste , com
rendimento médio por hectare bastante elevado .
-
Fruticultura : Desenvolve-se em larga escala nas baixadas litorâneas e
na região de Limeira , em São Paulo . Os principais produtos cultivados são : a
laranja , a tangerina , a banana , dentre outros.
-
Outros : Soja , trigo , tabaco , amendoim , feijão e mandioca .
Região Sul
A
variedade dos micro-climas permite o cultivo de produtos tropicais e
subtropicais:
Café
: Apesar de sofrer bastante com o clima frio , o café se desenvolveu no
Paraná .
Trigo
: O clima subtropical favorece o cultivo do trigo nesta região . Os três
estados meridionais lideram a produção brasileira deste produto .
Arroz
: O relevo baixo e plano e a abundância da rede fluvial favorecem o
desenvolvimento dom arroz irrigado ou de baixada . É cultivado principalmente
no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina .
Soja
: Desenvolve-se com sucesso em todos os estados do Sul do pais .
Vinha
: Foi introduzida por imigrantes alemães e italianos e ate hoje é
produzida nesta região.
Milho
: Rio Grande do Sul , Paraná e Santa Catarina estão entre os maiores
produtores brasileiros de milho .
Fumo
: É muito cultivado no Rio Grande do Sul .
Outros
: Algodão , cana-de-açúcar e feijão
A Região Centro - Oeste
A
agricultura de subsistência , com o cultivo de milho , mandioca , abóbora ,
feijão e arroz , através de técnicas primitivas , sempre se constituiu uma
atividade complementar à pecuária e ao extrativismo.
As
áreas agrícolas de maior expressão no Centro-Oeste são áreas voltadas para a
agricultura comercial , são elas :
-
O “Mato Grosso de Goiás”, área de solos férteis localizada no oeste de
Goiás , que é destacado centro produtor de arroz ,algodão, café, milho e soja ;
-
O Vale do Paraíba , no extremo sul de Goiás , onde os solos de origem
vulcânica favorecem importantes cultivos de café , algodão , milho , amendoim ,
arroz e soja.
-
O Sul de Mato Grosso do Sul , região que se caracteriza pela produção de
soja , arroz , café , algodão , milho , e ate mesmo trigo.
Introdução :
A agricultura no Brasil
De
todas as necessidades do homem , a alimentação é , sem duvidas , a primeira que
precisa ser satisfeita.
Ela
depende da agricultura , e da pecuária , que só são possíveis onde ha espaços
favoráveis .Nesse aspecto o Brasil e privilegiado :Contamos com enormes
extensões disponíveis para a ampliação do seu espaço agropecuário e poderemos ,
através de seu aproveitamento intensivo , aumentar significativamente a nossa
produção.
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