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Geografia

Transposição do rio São Francisco



A transposição, contudo, tem sido criticada por ambientalistas e representantes de outros setores da sociedade, incluindo a Igreja Católica. A resposta do governo é de que o número de empregos criados, direta e indiretamente, graças ao projeto, bem como a solução do problema da seca derrubam toda e qualquer crítica.



Além da interligação das bacias, o governo também pretende executar um projeto de recuperação do rio São Francisco e de seus afluentes, pois vários desses rios sofrem problemas de assoreamento, decorrentes do desmatamento para agricultura.


O Projeto de Transposição do Rio São Francisco não é uma ideia nova. Ampliado no governo Lula, ele existe há décadas. O plano básico é construir dois imensos canais ligando o rio São Francisco a bacias hidrográficas menores do Nordeste, bem como aos seus açudes. A seguir, seriam construídas adutoras, com o objetivo de efetivar a distribuição da água.



De acordo com o governo federal, o projeto seria a solução para o grave problema da seca no Nordeste, pois distribuiria água a 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte - uma população de 12 milhões de nordestinos. O prazo para realização do projeto é de 20 anos, a um custo total estimado, até meados de 2009, em R$ 4,5 bilhões.

Conflitos mundiais recentes



Bolívia

A Bolívia é um dos países mais politicamente instáveis da América Latina, tendo enfrentado, até hoje, 193 golpes de Estado.



Desde o início de seu mandato, o governo do presidente Juan Evo Morales Ayma (do partido Movimento ao Socialismo) impôs grandes perdas aos departamentos (estados) mais ricos do país, principalmente ao promulgar uma lei que federalizou a receita advinda da exploração das reservas de gás.



Em 2008, em um processo de crescente tensão política, os departamentos de Santa Cruz, Tarija, Beni e Pando (que, juntos, possuem mais de 80% das reservas de gás do país) passaram a exigir maior autonomia em relação ao governo federal, defendendo mudanças na distribuição dos impostos e na escolha de seus governadores.



A crise se intensificou em consequência de três fatores: (a) interferência do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em favor de Evo Morales; (b) acusações do governo boliviano contra os EUA, alegando que os separatistas recebiam apoio da diplomacia norte-americana (o embaixador norte-americano chegou a ser expulso do país); e (c) realização de referendos (sem apoio legal), nos departamentos citados acima, com o objetivo de aprovar constituições autonomistas.



Depois de embates violentos em algumas províncias - o país esteve à beira de uma guerra civil -, opositores e governo concordaram em iniciar conversações, graças, em grande parte, à interferência da diplomacia brasileira.



A tentativa de intermediação brasileira se deveu, principalmente, a três questões: (a) evitar um clima de instabilidade que causaria reflexos na fronteira da Bolívia com os estados do Acre e de Rondônia, inclusive com a entrada de refugiados bolivianos no Brasil; (b) há quase 15 mil cidadãos brasileiros vivendo em solo boliviano; e (c) impedir que o clima de violência comprometesse o fornecimento de gás ao Brasil.



Uma nova Constituição foi aprovada na Bolívia, mas o país segue com graves divisões internas.


Colômbia, Equador e Venezuela

Em 1º de março de 2008, tropas da Colômbia atacaram um acampamento do movimento guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em uma região de fronteira, mas dentro do território do Equador. Durante o ataque, mataram um dos principais líderes das FARC, Raúl Reyes, e mais 16 guerrilheiros.



Em um primeiro momento, o presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou estar informado do ataque. Logo depois, contudo, declarou que o exército colombiano havia entrado no Equador sem sua autorização, rompeu relações diplomáticas com a Colômbia e enviou mais de 3 mil soldados à fronteira.



A mudança de comportamento de Correa aparentemente ocorreu sob influência do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Este já se encontrava em crise com o governo colombiano, desde que havia sido afastado das negociações que a Colômbia mantinha com as FARC, com o intuito de firmar um acordo humanitário para libertação dos reféns mantidos há anos pelos guerrilheiros. Ao ser informado da morte dos guerrilheiros, Chávez proferiu severas críticas ao presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, e mobilizou dez batalhões do exército na fronteira com esse país.



A crise se acirrou no dia 4 de março, quando a Colômbia anunciou ter descoberto, nos computadores dos guerrilheiros mortos, provas de que o Equador e a Venezuela mantêm vínculos estreitos com as FARC. Segundo o diretor da Polícia da Colômbia, Óscar Naranjo, os documentos provariam: (a) que a Venezuela, além de fornecer armas às FARC, já contribuíra com cerca de 300 milhões de dólares para ajudar os guerrilheiros; e (b) que o ministro da Segurança Interna e Externa do Equador, Gustavo Larrea, havia demonstrado interesse em oficializar as relações com as FARC.



Em meio a um clima de acusações e de iminência de guerra entre os países, Álvaro Uribe declarou que não enviaria tropas às fronteiras do Equador e da Venezuela, mas que apresentaria as provas encontradas à Organização dos Estados Americanos (OEA) e à ONU, reiterando que os documentos encontrados com os guerrilheiros "violam a normalidade internacional na sua proibição aos países de proteger terroristas".



Em julho de 2009, o Exército colombiano apreendeu uma série de lança-foguetes produzidos na Suécia em um dos acampamentos das FARC. Consultada, a Suécia confirmou que os números de série das armas correspondem a um lote vendido pela empresa Saab Bofors Dynamics ao Exército da Venezuela. O fato, que fere todos os acordos internacionais, provocou uma nova crise entre os países.


Rússia e Geórgia

A guerra entre a Rússia e a Geórgia, em agosto de 2008, ocorreu em função do projeto separatista da Ossétia do Sul e da Abkházia, mas está relacionada a problemas que datam da dissolução da União Soviética.



Antes do colapso do regime socialista, a região da Ossétia do Sul havia declarado autonomia em relação à República Socialista Soviética da Geórgia, aproximando-se da Rússia, que dominava a União Soviética. Com a dissolução da URSS, em 1991, a Geórgia tornou-se uma república independente. A Ossétia do Sul procurou seguir pelo mesmo caminho, proclamando sua independência em relação à Geórgia.



Disso resultou uma guerra entre a Geórgia e a Ossétia do Sul que se estendeu até 1992. A Rússia intermediou a paz entre as duas. A atuação russa, porém, estava condicionada por seus próprios interesses: transformar em área de influência russa tanto a Ossétia do Sul quanto a própria Geórgia.



A Geórgia, contudo, caminhava no sentido contrário às ambições russas, particularmente a partir de 2004, com a eleição do presidente Mikhail Saakashvili, que tentou levar o país à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), além de se aproximar dos Estados Unidos, de modo a escapar ao poderio russo.



Em 2008, a Ossétia do Sul retomou suas pretensões separatistas. Ao mesmo tempo, a tentativa georgiana de entrar para a Otan fez com que a Rússia apoiasse a independência da Ossétia do Sul.



A reação da Geórgia foi atacar a Ossétia com artilharia e foguetes. A Rússia, então, entrou na guerra. O conflito entre os países durou alguns dias, até que os russos aceitaram o cessar-fogo negociado pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy. O clima de tensão, contudo, permanece.


Israel e a faixa de Gaza

Na passagem de 2008 para 2009 as Forças de Defesa de Israel iniciaram umaofensiva contra a faixa de Gaza, território palestino dominado pelo grupo radical islâmico Hamas. O objetivo da operação era eliminar a capacidade do Hamas de atacar as cidades israelenses próximas à fronteira.



Os bombardeios começaram oito dias depois do fim de uma trégua de seis meses mediada pelo Egito, que não foi renovada em meio a acusações mútuas de desrespeito aos termos do acordo. Na verdade, nenhum dos dois lados cumpriu o acordo: foguetes continuaram a ser lançados de Gaza, atacando cidades de Israel - e Israel não liberou o fluxo de mercadorias para a região, sob bloqueio econômico e físico israelense desde meados de 2007.



Na verdade, o cenário foi agravado quando o Hamas derrotou o Fatah - partido do líder Yasser Arafat, morto em 2004 - nas eleições palestinas em 2006. Diferente do rival, o Hamas não reconhece o Estado de Israel e não aceita os acordos já firmados do país com a ANP (Autoridade Nacional Palestina).



A ofensiva de Israel sobre a faixa de Gaza durou 22 dias, provocando centenas de mortes.


China e Tibete

O isolamento provocado pela altitude favoreceu o surgimento, no Tibete, de uma civilização característica: no século 7, o país se converteu num reino lamaísta, seita local do budismo, que definiria o caráter teocrático da estrutura política e econômica do Estado tibetano.



Depois de várias turbulências políticas, o Tibete foi um país independente de 1911 a 1950, quando foi anexado à China comunista. De lá para cá, manifestações do povo tibetano contra o domínio chinês se repetem esporadicamente. Em 1959 ocorreu um grande levante, violentamente reprimido.



Em agosto de 2008, o movimento nacionalista do Tibete voltou a protestar contra o domínio da China sobre a região. Os primeiros protestos surgiram logo após a prisão de monges tibetanos que organizaram uma passeata para marcar os 49 anos do grande levante contra o governo chinês. Em seguida, milhares de pessoas também foram às ruas, reivindicando a independência.



Segundo observadores internacionais, o governo chinês reprimiu violentamente as manifestações, provocando mais de 120 mortes.


Terceira Revolução Industrial



Num primeiro momento, o sistema de produção em massa, disseminado a partir da indústria automobilística, permanece como padrão em todo o mundo. Ao mesmo tempo, contudo, o processo de produção japonês - a chamada produção enxuta ou Toyotismo - ganha cada vez mais espaço. Evitando os altos custos da produção artesanal e a inflexibilidade da produção em massa, os japoneses reúnem equipes de operários com várias habilidades para trabalharem ao lado de máquinas automatizadas, produzindo enorme quantidade de bens, mas com variedade de escolha. O sistema de hierarquia gerencial e as chamadas linhas de produção são substituídos por equipes multiqualificadas que trabalham em conjunto, o que diminui significativamente o esforço humano e os custos.



A tecnologia se refina, aprimorando antigas invenções, criando novas ou estabelecendo conexões inusitadas entre os diferentes ramos da ciência. A informática produz computadores e softwares; a microeletrônica, chips, transistores e inúmeros produtos eletrônicos. Surge a robótica. As telecomunicações, utilizando os satélites, viabilizam transmissões de rádio e televisão em tempo real. A telefonia - fixa e móvel -, conjugada à Internet, transforma a comunicação em um processo instantâneo. A indústria aeroespacial fabrica satélites e leva homens e robôs a novas fronteiras no espaço. Medicamentos, plantas e animais são transformados pela biotecnologia.



Todas essas inovações são introduzidas no processo produtivo, criando máquinas capazes de realizar não apenas o serviço pesado, mas tarefas sutis e que exigem cálculos complexos e grande precisão. Computadores e robôs, unidos, extraem matéria-prima, manufaturam, distribuem o produto final e realizam serviços gerais.



As novas tecnologias eliminam, gradativamente, a necessidade de antigos materiais (como o papel, por exemplo), aceleram a transmissão de informações e estimulam, em graus nunca antes vistos, o fluxo de atividade em cada nível da sociedade. A compressão de tempo passa a exigir respostas e decisões mais rápidas. O tempo e o conhecimento tornam-se mercadorias.



As empresas passam a substituir a mão de obra humana por máquinas e computadores. Postos de trabalho são eliminados e, em diferentes ramos da economia, o trabalhador tradicional desaparece.

Problemas ambientais

Os problemas ambientais são consequência direta da intervenção humana nos diferentes 
ecossistemas da Terra, causando desequilíbrios no meio ambiente e comprometendo a qualidade de vida. A seguir, veremos os principais problemas que ocorrem na atualidade:


Chuva ácida

chuva ácida é provocada pela produção de gases lançados na atmosfera. Há agentes naturais que fazem isso, como, por exemplo, os vulcões. A atividade humana, contudo, é a principal causadora do fenômeno. Indústrias, usinas termoelétricas e veículos de transporte (que utilizam combustíveis fósseis) produzem subprodutos que se agregam ao oxigênio da atmosfera e que, ao serem dissolvidos na chuva, caem no solo sob a forma de chuva ácida.



Devemos lembrar, contudo, que os poluentes, carregados pelos ventos, podem viajar milhares de quilômetros, provocando chuvas ácidas em locais muito distantes das fontes poluidoras.



A chuva ácida, ao atingir o solo, empobrece a vegetação natural e as plantações. Também afeta a fauna e a flora de rios e lagoas, prejudicando a pesca.



Algumas medidas podem atenuar a formação de chuva ácida: economia de energia, uso de transporte coletivo, criação e uso de fontes de energia menos poluentes, utilização de combustíveis com baixo teor de enxofre, etc.

Desmatamento

desmatamento é uma das intervenções humanas que mais prejudicam o planeta. Pode causar sérios danos ao clima, à biodiversidade e às pessoas. Desmatar prejudica os ecossistemas e leva à extinção de centenas de espécies.



Árvores são grandes absorvedoras de dióxido de carbono, um dos gases causadores do efeito estufa (ver abaixo). Portanto, quando o homem derruba florestas, também intensifica o problema do aquecimento global (ver abaixo).



Dentre outras consequências, o desmatamento provoca degradação do solo, aumento da desertificação e erosões, muitas vezes comprometendo os sistemas hidrográficos.



As políticas de reflorestamento, muito comentadas nos dias atuais, são apenas soluções parciais, pois, ainda que ajudem a conter o aquecimento global, dificilmente conseguirão recuperar a biodiversidade das regiões afetadas.


Efeito estufa

efeito estufa é um mecanismo atmosférico natural que mantém o planeta aquecido nos limites de temperatura necessários à preservação da vida. Se não houvesse a proteção do efeito estufa, os raios solares que aquecem o planeta seriam refletidos para o espaço e a Terra apresentaria temperaturas médias abaixo de -10oC.



O efeito estufa ocorre quando uma parte da radiação solar refletida pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera, entre os quais o gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O).



Ocorre que, com a queima de florestas e a exagerada utilização de combustíveis fósseis, grandes quantidades de CO2 têm sido lançadas na atmosfera. A emissão desenfreada desse e de outros gases acentua o efeito estufa, a ponto de não permitir que a radiação solar, depois de refletida na Terra, volte para o espaço. Isso bloqueia o calor, aumentando a temperatura do planeta e provocando o aquecimento global.


Potências emergentes

A sigla Bric dá nome a um grupo formado por países considerados, nos últimos anos, como potências econômicas emergentes: Brasil, Rússia, Índia e China. Entre 2008 e 2009, frente à crise econômica mundial, a importância do grupo ultrapassou a área econômica, e a presença desses quatro países tornou-se indispensável em todas asdiscussões políticas.



O termo Bric foi concebido, em 2001, por uma equipe de pesquisadores do banco americano Goldman Sachs, que elaborou um estudo sobre estimativas de evolução dos mercados, da produção e da demografia na ordem econômica mundial. Segundo esse estudo, no decorrer das próximas décadas, Brasil, Rússia, Índia e China deverão ascender ao topo do ranking das maiores economias do planeta, desbancando potências como o Japão e Alemanha.



Dentre as consequências dessa evolução, devemos salientar a afluência de uma massa de novos consumidores. Segundo o Goldman Sachs, entre 2005 e 2015, os rendimentos de cerca de 800 milhões de pessoas (nos quatro países) poderão cruzar a marca de 3.000 dólares anuais, a linha divisória para o patamar de consumo de classe média. Considerando-se que há hoje no mundo cerca de 2 bilhões de pessoas nessa faixa de renda, o Bric pode fazer o mercado consumidor global crescer quase 50% em apenas dez anos.



Incluir quase 1 bilhão de novos consumidores no mercado certamente causará um impacto sem precedentes sobre a demanda de bens e serviços. Dessa forma, o consumo de aço dos quatro países, que em 2006 era de 143 milhões de toneladas, deve atingir 450 milhões até 2010. O de petróleo deve crescer de 15 milhões para 20 milhões de barris diários. Em 2006, 700 milhões de pessoas tinham acesso à telefonia móvel nos Bric - até 2011 serão quase 2 bilhões.



A força dos Bric provém, em grande parte, da enorme fatia da população mundial existente nos quatro países, onde vivem 2,7 bilhões de habitantes, o equivalente a 40% da humanidade.


Brasil

O Brasil é um dos países que mais ganha com o aumento do intercâmbio com os outros Bric, participando de modo crescente como fornecedor de alimentos e de matérias-primas. Nos últimos anos, por exemplo, as exportações do agronegócio brasileiro para a China, lideradas por soja e carne de porco, cresceram 450%. O Brasil, contudo, é considerado uma incógnita pelos analistas econômicos, especialmente quanto à sua capacidade para lidar com seus três principais problemas: carga tributária pesada, infraestrutura precária e educação deficiente.

Amazônia detém 20% das águas fluviais do mundo

Na bacia amazônica, que cobre uma área de 7,05 milhões de km² no Brasil, na Guiana, no Suriname, na Guiana Francesa, na Venezuela, na Colômbia, no Peru, na Bolívia e no Equador, com sua maior parte (3.904.392,8 km²) no Brasil, circulam cerca de 20% das águas fluviais do mundo.

A floresta amazônica, batizada como hileia por Humboldt, ocupa 5 milhões de km² da área da bacia, e 90% dela está assentada em terras firmes. Nelas, a floresta possui árvores altas (60 m a 65 m), latifoliadas, que formam um "teto" de copas bastante denso.

Com 30 mil espécies de plantas e 2,5 mil de árvores, ela está sendo ameaçada pela ação das madeireiras, dos garimpos e da ocupação agropecuária desordenada. Cerca de 15% da floresta já foi devastada. A exploração dos 70 bilhões de m³ de madeira comercializável é feita por mais de 2.000 madeireiras; apesar de o solo da floresta ser considerado pobre, a colonização agrícola, a pecuária e a cultura da soja destruíram, por derrubada e queimada, mais de 320 mil km² na Amazônia Legal (AC, AM, AP, PA, RO, RR,TO, MT e oeste do MA) ao longo, principalmente, das rodovias de penetração (BR-010, BR-222, BR-230, BR-319 e BR-364); os garimpos de ouro e cassiterita (estanho) no Pará, em Rondônia, no norte de Mato Grosso e no Amapá abriram enormes clareiras na floresta e poluíram os rios.

Recentemente, foi sugerido o uso de agentes químicos e de um fungo para destruir as plantações de coca na Colômbia, sem que se saiba quais poderiam ser as consequências ambientais.

As indústrias farmacêutica e de cosméticos também agem na hileia, pesquisando, muitas vezes clandestinamente (biopirataria), insetos, plantas e animais que podem gerar até US$ 50 bilhões.

Além disso, a guerrilha colombiana (Farc) ligada aos narcotraficantes, ao fugir do Exército da Colômbia - que conta com apoio dos Estados Unidos -, pode invadir o espaço brasileiro. A revitalização do Projeto Calha Norte mostra a preocupação dos militares com a segurança regional. Idealizado em 1985, em meio às tentativas dos países ricos de criar uma zona de exclusão na Amazônia (região pouco populosa e povoada, sem infraestrutura, mal demarcada e sem vigilância, com problemas sociais e ambientais), o projeto pretendia ocupar e desenvolver ordenadamente a região norte da área.

Com poucos recursos, o projeto restringiu-se à proteção dos 6.000 km de fronteira, e as outras ações foram definidas pelo Plano de Desenvolvimento da Amazônia, executado insatisfatoriamente.


Revendo a Cartografia




2- Coordenadas Geográficas :

 
Latitude e Longitude
Latitude - Distância do equador  a um lugar da Terra, quer no Hemisfério Norte (latitude norte) quer no hemisfério sul (latitude sul), medida em graus sobre o meridiano desse lugar.
Longitude - Distância  ao longo do  do equador  entre o meridiano 0 (o de Greenwich) e o meridiano do ligar considerado, medida em graus, minutos e segundos.

Relação existente entre a distância gráfica e a distância real.

E= d/D
E - Escala
D- Distância Real
d- Distância Gráfica

As transnacionais e a globalização do espaço industrial.

- Transnacionais  -   grandes empresas que alcançaram maior crescimento a partir da 2° GM e passaram a dominar o mercado internacional, ignorando fronteiras políticas e concentrando grande volume de capital.
A partir da década de 60  -   Fusões com o objetivo de formar aglomerados e conseguir absorver maior mercado e competir com outras empresas.
Atualmente, empresas transnacionais praticam a associação.

Desconcentração Geográfica

         A partir da 2° Guerra Mundial os investimentos, transnacionais se deslocam para os países do 3° mundo.
Conseqüências:
·     Modernização desses países.
·     Crescimentos das  cidades.
·     Ampliação do mercado consumidor.
·     Aumentando a dependência e endividamento.

Dívida externa

         - Rápido desenvolvimento de alguns países do 3° mundo exigiu recursos financeiros - empréstimos.
         - A elevação das dívidas externas se deveu à :
         - Alta inflação
         - Choques do petróleo.
         - Queda nas explorações primárias.
         - Aparecimento de empréstimos e juros variados.
         - Os países pobres passam a ser explorados de capitais para os ricos.
         - Interferência do FMI.

Uma Economia multipolar

         Até a primeira guerra mundial viveu ainda o ciclo de crescimento iniciado na segunda metade do século XIX, baseado nas indústrias do aço e dos motores a combustão interna, na eletricidade e no petróleo. Esse ciclo foi interrompido devido a crise de 1929 ( Quando a bolsa de Ne York quebrou).
         Depois da segunda guerra mundial abriu-se um novo ciclo, no qual o crescimento foi retomado sobre bases diferentes, apoiadas na reativação da produção e a circulação de mercadorias.

A hegemonia dos Estados Unidos

         Durante  as décadas da Guerra Fria, um bloco de economias estatizadas  e centralmente planificadas isolou-se da economia mundial, organizando-se  em torno da União Soviética. De outro lado, o poderio sem precedentes  da economia americana catalisou a reconstrução da economia capitalista mundial. O dólar transformou-se na moeda do mundo.
         Em 1944, na Conferência de Bretton Woods, foram lançados os fundamentos da economia do dólar. Também foram criados organismos plurilaterais destinados a amenizar as crises internacionais. A crise de 1929- que tinha destampado a garrafa dos fantasmas: recessão, falências, nacionalismo, nazismo, guerra - atormentava os economistas de Breton Woods. Para prevenir sua repetição, nasceram o fundo monetário Internacional (FMI) e o banco internacional para reconstrução e o desenvolvimento (BIRD), ou banco mundial.

Os megapólos econômicos

         A liderança americana foi sofrendo uma erosão progressiva ao mesmo tempo que a economia capitalista mundial se tornava mais complexa e multipolarizada.
         Atualmente, três megablocos regionais de expressão mundial apresentam contornos mais ou menos definidos: a U.E., o Acordo de Livre Comércio da América do norte (Nafta) e a bacia do pacífico, polarizada pelo Japão.
          O fim da Guerra-Fria  e a consolidação dos megablocos regionais na Europa e no pacífico impuseram aos Estados unidos uma revisão da sua inserção na economia mundial. A concorrência internacional acelerou  a constituição de uma zona de livre comércio na América do Norte, formalizada em 1992.
         A formação do nafta aponta para a progressiva redução das tarifas alfandegárias entre os estados Unidos, Canadá e México.

As empresas transnacionais e a globalização do espaço industrial

         Transnacionais. Esses conglomerados econômicos não são, verdadeiramente, empresas de muitos países. Eles têm um centro de decisões empresarial localizado num país específico, que abriga a sede de um grupo tentacular instalados em dezenas de outros países. Uma parte dos lucros  obtidos no mundo inteiro é repatriada para o país-sede. A empresa transnacional tem pátria. Depois da Segunda Guerra Mundial os trustes ficaram conhecidos como multinacionais ou transnacionais. A febre de absorções e centralização de capitais não parou. Ao contrário: Atingiu um novo patamar, em que se tornaram comuns as fusões entre conglomerados transnacionais.
         Finalmente novas formas de associação foram inventadas. Mantendo suas identidades. Apesar do crescimento do número e da importância das transnacionais japonesas e européias, os estados Unidos continuaram sendo sua principal pátria.

Desconcentração  geográfica da indústria

         As fronteiras nacionais são limites políticos para os lucros empresariais. Produzindo dentro desses limites, as empresas têm de atuar num meio econômico mais ou menos homogêneo, onde estão definidos custos  de mão-de-obra, impostos sobre importações de máquinas e de matérias-primas, e sobre lucros e vendas, legislações restritivas quanto ao meio ambiente ou a localização industrial.
         A concentração de capitais deu ao grandes conglomerados um novo poder: o poder de ultrapassar as fronteiras nacionais.
         O deslocamento geográfico de unidades produtivas para novas regiões da periferia do mundo capitalista oferece vantagens comparativas de diversos tipos.
         Talvez a vantagem mais importante seja o custo diferencial da mão de obra e também o custo das matérias -primas e da energia é um fator decisivo para o deslocamento geográfico de unidades metalúrgicas.

Dívida externa dos países subdesenvolvidos

         No pós guerra, especialmente nas décadas de 50 e 60, quase todo capital estrangeiro entrou nos países subdesenvolvidos originava-se de investimentos produtivos de empresas transnacionais .
         Mas, a partir da década de 70, o mercado mundial da moeda tomou o lugar dos investimentos diretos e dos empréstimos oficiais.
         A dívida global dos países subdesenvolvidos cresceu geometricamente, sobre o impacto dos vários choques sofridos pela economia mundial. A situação agravou com a queda das exportações de produtos primários que representavam uma parcela substancial das entradas de moedas fortes nos países subdesenvolvidos.
         Para liberar novos empréstimos o FMI exige dos países devedores de uma dieta econômica de sacrifícios que inclui o corte de gastos com o governo em investimentos e subsídios para pagar aos bancos internacionais.

O Brasil na economia global

Brasil país subdesenvolvido industrializado


         Antes da segunda Guerra Mundial, a América Latina, a Ásia e a África apresentavam um duplo interesse para os capitais dos países desenvolvidos: Constituíam mercados consumidores de manufaturados e fornecedores de matérias-primas e produtos agrícolas. Os investimentos estrangeiros diretos nos países subdesenvolvidos praticamente se limitavam aos setores ferroviário e elétrico à mineração e às plantations.
         No pós-guerra, um grupo de países subdesenvolvidos aparece como alvo de investimentos estrangeiros diretos no setor industrial.
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As florestas e o meio ambiente

         Das áreas florestais, ainda resta a Amazônia, mas como vimos, a devastação já se encontra em processo. Esse processo tem para o ambiente conseqüências relativas a, entre outros, três importantes fenômenos.
·     O primeiro se refere à circulação geral da atmosfera.
·     O segundo fenômeno diz respeito as enchentes. Na ausência de árvores, o ciclo das chuvas é modificado, a água não é retida no lugar que cai, dirigindo para as partes mais baixas do relevo.
·     O terceiro relaciona-se à erosão. O impacto direto das águas sobre o solo desprotegido de árvores acelera sua desagregação e transporte.

O álcool

         Após a implantação do programa Nacional do álcool (Próalcool) em 1975, o álcool teve sua utilização intensificada como forma de energia.
         O objetivo visado era a redução do consumo de gasolina, à qual o álcool seria acrescentado na proporção de 20%, sem necessidade de nenhuma alteração nos motores tradicionais.
         Os resultados efetivos desta política, assim dada à substituição da gasolina, são questionáveis. A substituição apenas do derivado não resolve a questão, pois a obtenção de outros derivados exige o processamento de quantidades crescentes de petróleo.
         Do ponto de vista ambiental o Próalcool, ao consagrar a prática da monocultura, fez proliferar as conseqüências de desequilíbrio ecológico dela resultantes.


A Produção Agrícola no Brasil
         Nos países da América Latina, o maior destaque econômico é a agricultura, pois dela provém, em geral , os único produtores de exportação. Em muitos países a atividade agrícola ainda se desenvolve segundo os moldes do período colonial: Grandes propriedades pertencentes a poucas famílias, cuja produção se destina quase integralmente ao mercado externo.

Região sul
         A análise dos dados estatísticos sobre os principais produtos agrícolas do Brasil revela a importância da Região Sul nesse setor. Em 1985, ela contribuiu com as seguintes percentagens da produção agrícola nacional: 85% do trigo e do fumo, 84% da uva, 58% da soja, 54% da cebola, 52% do milho, 46% da batata inglesa, 43% do arroz, 39% do algodão, 37% do feijão. Além disso, apresenta destaque  na produção da mandioca e amendoim.
         Produzindo cerca da metade  do café brasileiro em 1968, o Estado do Paraná, nesses últimos anos, teve sua produção reduzida sensivelmente pelas geadas, pela concorrência da pecuária, e de lavouras mais rentáveis e mais resistentes às geadas. O total produzido em 1985foi cerca de 15% da produção nacional.
         Os gráficos  das figuras 6 e 7 mostram a importância da região sul na agropecuária policultora (que subside até hoje), ao mesmo tempo que se completou a ocupação do território regional.
         Se no princípio essa agricultura só atendia as necessidades locais, posteriormente ela adquiriu um caráter comercial . O sul transformou-se em região exportadora de produtos agrícolas para outras regiões do Brasil, especialmente para o Sudeste. Atualmente grande parte da produção agrícola é industriada na região, por grandes empresas nacionais e estrangeiras.
         Sem perder seu caráter policultor, certas áreas da região sul especializaram-se em determinados produtos. Esta especialização está muito ligada à origem do colono. Assim, nas áreas de colonização alemã, o cultivo do milho e a criação de porcos são uma característica bem marcante.

Região nordeste
         As culturas comerciais vêm sendo modernizadas, como é o caso do Cacau e da cana-de-açúcar , embora esta última apresente rendimentos bem inferiores ao de São Paulo, Paraná ou Goiás. Essas culturas  são geralmente praticadas por médios e grandes proprietários, que dispões das melhores terras, de crédito agrícola, máquinas, assistência técnica e podem usufruir os benefícios resultantes da atuação governamental, como irrigação e estradas.
         Vários problemas afetam as atividades rurais no nordeste.
         A existência de vasta área de clima  semi-árido , com um período seco prolongado, torna difícil a prática da agricultura no sertão. Nessa área o agricultor, que não dispõe de terras irrigadas, produz pouco e pode perder toda sua colheita , quando o período seco se prolonga. De modo geral, os açudes construídos pelo governo situam-se nos latifúndios de criação de gado , não beneficiando os pequenos agricultores.
         No nordeste, a maior arte das terras pertence a um número muito reduzido de proprietários rurais. Apenas 6,4% do número de propriedades dispõem de 72% das terras. Dizemos então que a estrutura fundiária  (da terra) é caracterizada pela concentração das terras nas mão de poucas pessoas, que detém o poder político e econômico. As grandes propriedades ou  Latifúndios,  dedicam-se a produção de  culturas  mais valorizadas,  ou à  Criação de gado , que ocupa grandes espaços.
         Por outro lado, há um número muito elevado de pequenas propriedades ou  minifúndios, que ocupam 1/5 da área total dos estabelecimento agropecuários do nordeste e onde se pratica  uma agricultura de subsistência de baixo rendimento. Dos estabelecimentos dos agropecuários do nordeste, 67% têm dimensão inferior a 10 hectares e, no seu entanto, compreendem apenas  5% da área total das propriedades agrícolas.



Sudeste - Fatores Humanos E Naturais Favorecem A Atividade Agrícola
Sendo a região mais densamente povoada é natural que o Sudeste apresente vastas extensões com lavouras e pastagens. A população urbana da região, bastante numerosa, é um grande mercado consumidor de produtos agrícolas.
Além disso, o Sudeste tem um grande litoral e vários portos marítimos, o que incentiva a produção para venda ao exterior.
As condições naturais são também favoráveis; sobretudo nas áreas de antigas florestas, onde os solos são mais férteis, as lavouras se desenvolvem bem. As áreas de cerrado, ocupadas tradicionalmente apenas com a criação de gado, estão sendo agora utilizadas para a produção de cereais, batata, algodão. Para isso são aplicadas técnicas modernas, com o emprego sistemático de adubos químicos.
No Planalto Sedimentar da Bacia do Paraná as condições de relevo são muito favoráveis, enquanto no Planalto Cristalino os declives acentuados dificultam o trabalho da terra. Das áreas de antigas matas do Sudeste, o oeste paulista é que apresenta as melhores condições de relevo, além da Baixada Fluminense, de menor extensão.
As chuvas são, de modo geral, suficientes para permitir uma agricultura produtiva. As temperaturas, do mesmo modo, não constituem problema; pelo contrário, são bem favoráveis à vida vegetal.

O Sudeste Lidera A Produção Agrícola 

Tendo a região Sul como séria concorrente, a Região sudeste é a principal região na agropecuária do Brasil. Coloca-se no primeiro lugar como produtor de diversas mercadorias como algodão herbáceo ( 76% ), amendoim ( 74% ), banana ( 27% ), café (85% ), cana-de-açúcar (58% ), laranja (82% ), tomate ( 64% ).
Seu rebanho bovino é o primeiro do país, enquanto o suíno e o ovino são inferiores ao da Região Sul, a segunda grande região agrícola do Brasil. O Sudeste é a principal região brasileira produtora de leite e seus derivados, carne de boi, além de ter a maior avicultura do país.
Para conseguir esses resultados, o sudeste aplica técnicas avançadas em relação às outras regiões: maior utilização de adubos químicos e tratores. O Sudeste é a região brasileira de agricultura mais mecanizada. Veja o gráfico e compare as diversas regiões.
Mas, dentro do Sudeste existe muita diversidade: há áreas de grande produção, maior uso de adubos e de máquinas: é o caso de São Paulo. Este Estado produz mais que os outros três reunidos. Participa com elevadas percentagens da produção brasileira: 37 % do algodão; 46% da cana-de-açúcar, 38 % do café, 69 % do amendoim, 24 % da batata, 72 % da laranja, 21% da uva, 47 % do tomate: destaca-se também como produtor de milho, banana, além de muitos outros.

Há Paisagens Agrícolas Bem Diferenciadas
Na Região Sudeste pode-se observar um nítido contraste: uma área quase inteiramente dedicada à pecuária de corte extensiva e outra em que a criação e as lavouras são importantes.
O paralelo de 18º é , aproximadamente, o limite entre essas duas áreas, como mostra a figura .
Ao norte do paralelo de 18º, a pecuária extensiva é a grande atividade dos fazendeiros. As lavouras são  geralmente destinadas à alimentação das próprias áreas produtoras. As terras são ocupadas quase que totalmente pelas pastagens naturais, sendo o gado destinado à produção de carne
Ao sul do paralelo de 18º encontramos paisagens agrícolas muito mais diversificadas: a criação de gado é muito importante mas, também as lavouras, sobretudo de café, cana-de-açúcar, arroz, milho, algodão, entre muitas outras.
A área de pecuária de corte extensiva é menos povoada, tem poucas cidades e poucas estradas. Já a área de criação e lavouras ( ao sul do paralelo de 18º ) tem maior população, muitas cidades importantes e grande número de rodovias e ferrovias.
As áreas de melhor aproveitamento são as que apresentam melhores solos, melhor relevo, as áreas mais próximas de grandes cidades, as áreas que dispõem de melhor transporte.

Distribuição Espacial Da Agricultura
Numa tentativa de globalizar as idéias sobre a distribuição da agricultura no sudeste, podemos distinguir as seguintes áreas, que aparecem  na figura 19.
- O Planalto Ocidental Paulista, onde há grande diversidade de culturas: café, algodão, soja, amendoim, cereais, cana-de-açúcar, grandes pastagens naturais, visando a pecuária de corte: é uma área de agricultura moderna, mecanizada, de grande rendimento;
- Uma área aproximadamente central influenciada pelas grandes cidades, onde há pecuária leiteira, café, cana-de-açúcar, horticultura, fruticultura: é também uma área de agricultura modernizada;
- Uma área litorânea, onde aparecem algumas culturas importantes: cacau, cana-de-açúcar, laranja, banana;
- Uma área ao norte do paralelo de 18º, em que a pecuária de corte é a atividade mais importante: também há culturas de cereais e café;
- Mais ao norte, há predomínio da criação de gado para corte, feita geralmente em condições mais extensivas; as lavouras são feitas quase exclusivamente com o objetivo de atender o consumo local.


O sudeste tem grandes lavouras comerciais
Sendo a região de maior consumo no Brasil, além de ser a região mais povoada, de maior número de estradas, o sudeste tem uma agricultura bastante diversificada.
O café, foi, durante algum tempo, a lavoura predominante, que desbravou e povoou grandes áreas. Era uma monocultura, feita em grandes fazendas.
Com as crises da superprodução de café, houve diversificação de culturas e as grandes fazendas foram divididas em propriedades menores.
Como essa cultura já tinha atraído muita gente e provocado a criação de cidades e estradas, a produção de outras plantas cresceu depressa.
Assim o Sudeste tornou-se o principal produtor de cana-de-açúcar e de algodão, tradicionais produtos do Nordeste.
A cana-de-açúcar é produzida sobretudo em São Paulo, como também o algodão. Café, açúcar e algodão são produtos importantes nas nossas vendas ao estrangeiro.
Ao mesmo tempo, ampliaram-se as culturas destinadas ao mercado interno: arroz, milho, fruticultura, horticultura e vários outros. Dentro da Região Sudeste, os diversos cultivos são realizados em áreas mais ou menos especializadas: a uva, por exemplo, é quase toda produzida nas vizinhanças de Jundiaí, entre as cidades de São Paulo e Campinas.

Região norte
A produção agrícola e o problema da terra
     
         A produção agrícola da Região Norte tem ainda pequena expressão no conjunto do Brasil. Em parte isso decorre de seu pequeno mercado regional e também da distancia que separa o Norte das regiões mais povoadas do pais.
         Algumas poucas áreas apresentam certo desenvolvimento agropecuário:
·     A Zona Bragantina, próxima a Belém, cuja produção visa ao mercado da capital paraense; sua produção de pimenta-do-reino e malva e vendida em todo o Brasil;
·     A ilha de Marajó, onde a pecuária e feita também com o objetivo de abastecer Belém;
·     Os campos limpos de Roraima, onde as fracas pastagens naturais alimentam um rebanho muito pequeno;
·     As várzeas do Rio Amazonas, desde as proximidades de Manaus ate a foz do Rio Xingu, onde se pratica a cultura da juta e de plantas destinadas ao consumo da própria região;
·     As frentes pioneiras do sul da região sob influencia do Sudeste e do Centro - Oeste, em que a pecuária cresce em ritmo acelerado, ao longo das rodovias Belém - Brasil, Brasília - Acre e outras.
         Alguns produtos tem importância para o Brasil todo. A pimenta-do-reino e cultivada no Para; a juta ( para sacos de aniagem ) e produto no vale do Rio Amazonas. Os outros produtos de maior importância destinam - se a própria região, como o arroz, mandioca, milho.
         A agricultura poderá vir a ser muito mais importante do que atualmente, porque os solos da Amazônia, do mesmo modo que os de outras regiões do Brasil, permitem uma agricultura produtiva, desde que sejam empregadas técnicas aperfeiçoadas.
         Na medida em que haja possibilidade de vender seus produtos para outras regiões do Brasil, ou para outros países, a Região Norte terá maior crescimento agrícola.
      Havendo muita terra e pouca gente na Amazônia, pode parecer que e fácil o acesso a propriedade da terra. Na realidade, não e assim. Há conflitos sérios de interesses entre os indígenas, os donos de seringais e castanhais, os colonos ( lavradores que tem uma pequena propriedade, resultante de projetos de colonização), os posseiros, os grileiros, os trabalhadores rurais sem terra e, mais recentemente, as empresas de mineração e as firmas industriais, comerciais e financeiras do Sudeste e do Sul ( incluindo as multinacionais instaladas no pais ), que desenvolvem projetos agropecuários.
      Nos últimos anos tem havido a implantação de enormes fazendas para a criação de bovinos para corte, com o apoio dos muitos incentivos que o Governo Federal concede as grandes empresas. Por outro lado, a colonização ( distribuição de pequenas propriedades ), que poderia povoar mais efetivamente a região, não tem sido estimulada e vários projetos de colonização apresentam fracos resultados.
         De modo geral, os conflitos nessa disputa pela terra não tem tido soluções tranquilizadoras. Freqüentemente os choques de interesse são resolvidos pela violência, que muitas vezes chega ate a morte.
         A tentativa de instalar na Amazônia os excedentes de população das outras regiões, sobretudo do Nordeste, não apresentou resultados satisfatórios.

Região centro - oeste
A expansão do espaço agrícola

         O centro - Oeste e uma região em processo de ocupação. A área total dos estabelecimentos agropecuários só atinge 60% do território ( na Região Sul ela e de 83% ).  
         O espaço agrícola vem apresentando uma grande expansão nas ultimas décadas. Ao mesmo tempo, a atividade agrícola sofre transformações: novas culturas são introduzidas na região e as técnicas utilizadas são mais evoluídas.
         Ao lado da pequena agricultura  de subsistência, encontrada em quase toda a região, o Centro - Oeste possui áreas agrícolas de maior importância. Nessas áreas pratica - se uma agricultura comercial, isto e, destinada ao abastecimento das principais cidades da região e a exportação para o Sudeste.
         Essa agricultura comercial ocupa as antigas manchas de florestas, situadas no sul de Goiás e do Mato Grosso do Sul, onde os solos, semelhantes a terra roxa, são mais férteis que os solos pobres da extensa área de cerrados.
         Mais recentemente, a agricultura passou a ocupar áreas de campos do Mato Grosso do Sul ( campos de Vacaria ), com modernas culturas de soja e trigo, transformando a paisagem dessa região. Essa expansão resulta, em grande parte, da atuação de empresas agrícolas originarias do Sudeste e do Sul, atraídas por incentivos oferecidos pelos órgãos de desenvolvimento regional.
         Também as áreas de cerrado passaram a ser ocupadas pela agricultura. Sua utilização para cultivos agrícolas exige a aplicação de moderna tecnologia, que inclui correção da acidez do solo pelo emprego do calcário moído, uso maciço de fertilizantes e aplicação de técnicas adequadas de cultivo.
         Visando ao aproveitamento desses solos para a expansão da agropecuária, vem sendo desenvolvida na região um programa denominado polocentro. Sua execução cabe a sudeco (superintendência do desenvolvimento do Centro - Oeste ) e ao Ministério da Agricultura.
         No Estado de Mato Grosso verifica - se também expansão das atividades agropecuárias, sobretudo em algumas áreas do centro - sul do atual Estado. Essa expansão deve - se a abertura de novas áreas de mata pela instalação de colônias agrícolas estaduais e particulares. Essas colônias tem atraído muitos imigrantes (paulistas, mineiros, paranaenses, gaúchos, nordestinos, etc.), Alem de elementos da própria região.
         As regiões de Caceres, Alto Paraguai, norte de Cuiabá (ao longo da Rodovia Cuiabá - Santarém), Rondonópolis e outras vem sendo ocupadas através de frentes pioneiras que se deslocam a procura de novas terras.
         A Ocupação do norte do Estado e feita também por grandes empresas agropecuárias (do Sudeste e do Sul, sobretudo), que aproveitam os incentivos fiscais da SUDAM e da Sudeco, para desenvolver basicamente a pecuária.
         No norte de Goiás também se verifica a atuação de empresas agropecuárias, principalmente no vale do Araguaia e ao longo da Belém - Brasília .

Os problemas da ocupação atual do espaço:
         A atuação governamental, através  da política de incentivos fiscais ( como os adotados para o Nordeste ) e da implantação de estradas, tem sido fundamental para a ocupação recente da fronteira agrícola ( espaço em processo de ocupação ), tanto no Centro - Oeste quanto na Amazônia. Esses estímulos tem atraído investimentos para essas regiões, que são aplicados em projetos agropecuários desenvolvidos por grandes proprietários, principalmente por empresas do Centro - Sul ou multinacionais.
         Os projetos estão geralmente relacionados com a pecuária, feita em grande escala, e com culturas comerciais muito valorizadas ou destinadas a exportação, como a soja. Outros estão interessados na exploração mineral.
         A ocupação através do assentamento de pequenos agricultores e pouco significativa. A política de colonização não vem sendo executado como prevêem os planos do governo.
         Por outro lado, os programas governamentais para o Centro - Oeste, de modo geral, só beneficiam os médios ou grandes proprietários. O Polocento, por exemplo, que visa ao aproveitamento dos solos pobres do cerrado, exige um tipo de agricultor que disponha de recursos ( capital ) para o emprego de técnicas modernas adequadas a esses solos. Os pequenos agricultores da região ou os que chegam de outras regiões na esperança de uma nova oportunidade de vida são, praticamente, excluídos dessa política governamental.
         Dessa forma, a organização atual do espaço agrícola no Centro - Oeste vem sendo efetuada através da penetração de uma atividade agrícola moderna, utilizando mecanização e técnicas evoluídas e, principalmente, da pecuária, que se expande por amplos espaços .
         Em conseqüência, a oferta de empregos no setor rural e cada vez menor, favorecendo, assim, o aumento do êxodo rural. Por outro lado, esse processo tem contribuído para fortalecer a posição dos grandes proprietários de terra em detrimento do médio e do pequeno produtor rural, que empregam mão-de-obra mais numerosa e se dedicam as lavouras produtoras de alimentos para o mercado interno.
         A política adotada para a zona rural dessas regiões de fronteira agrícola não vem contribuindo para uma divisão mais equilibrada da terra. Predominam ali as grandes propriedades, muitas das quais são latifúndios improdutivos, enquanto um elevado numero de trabalhadores rurais permanece sem acesso a terra.
         A estrutura fundiária do Centro - Oeste mostra que mais de 70% das terras estão ocupadas por grandes propriedades de mais de 1000 hectares. Essas terras pertencem a apenas 7% dos proprietários rurais. Desses, 0,5% tem propriedades de mais de 10000hectares, perfazendo 32% do total das terras. Há fazendas com mais de 200000 ou 300000 hectares na região. Dos 53 estabelecimentos agropecuários de mais de 100.000 hectares existentes no Brasil em 1980, mais da metade ( 28 ) estavam no Centro - Oeste. Esses cobriam uma área total de 6500000hectares, isto e, 5,7% de toda a área das propriedades rurais da região. Sua área media era de mais de 230000hectares. Por outro lado, mais de 60% dos estabelecimentos agropecuários detém apenas 4% das terras.
         O problema da terra tem provocado sérios conflitos entre os pequenos agricultores e posseiros e os grandes fazendeiros e empresários rurais, muitos deles resultando em violências e mortes. As reservas indígenas vem também sendo disputadas e muitas vezes sofrem invasões, aumentando a violência na região.
         Outro aspecto negativo desse tipo de ocupação acelerada e desordenada e o desmatamento desenfreado que ocorre na região e que vem sendo ampliando rapidamente. Esses desmatamentos vem provocando grandes desequilíbrios ecológicos na região.

A produção agropecuária cresce de importância :
         Vários produtos agrícolas são cultivados no Centro - Oeste. Quais são eles? Alguns produtos tem destaque na agricultura nacional, como o arroz, o de maior valor ( cerca de 1/5 da produção brasileira ), a soja ( cerca de 1/3 ), o milho, o trigo, o algodão..
         Goiás e o segundo produtor nacional de arroz, após o Rio Grande do Sul. A produção de soja, que tem crescido bastante nos três Estados da região, só e suplantada pela dos Estados do Rio Grande do Sul e Paraná. O trigo se expande no Mato Grosso do Sul, que já e o terceiro produtor nacional, colocando depois do Paraná e do Rio Grande do Sul.
         Podemos destacar três principais áreas agrícolas no Centro - Oeste: o centro - sul  de Goiás, o vale do Paranaíba e a porção meridional do Mato Grosso do Sul.
         O centro - sul de Goiás e também chamado Mato Grosso de Goiás, pela existência de antigas manchas de mata na região. Os solos férteis dessas manchas florestais foram ocupados pela agricultura e essa região tornou - se a principal área agrícola do Estado. Que produtos agrícolas são ali cultivados?
         Situando - se nas proximidades de Brasília ,constitui importante fonte de abastecimento em produtos agrícolas para a população daquela cidade, bem como para Goiana, Anápolis, Ceres e outras.
         Situando nos limites com Minas Gerais, o Vale do Paranaíba também possui solos férteis, derivados da decomposição de rochas basalticas ( terra roxa ). Como o terreno e menos acidentado que no Mato Grosso de Goiás, o uso de maquinas agrícolas e mais difundido e os rendimentos mais elevados. Essa e a principal área produtora de arroz de Goiás.
         A parte meridional do Mato Grosso do Sul constitui a principal área agrícola desse Estado. Destaca - se ali a região florestal de Dourados, onde se implantou uma colônia agrícola. Os produtos de maior destaque são o milho, o arroz, o café, a soja, o amendoim e o trigo.

Divisão territorial do trabalho - Uma especialização interna de funções e de concentração produtiva, que se manifesta na desigualdade espacial.
         Estabelecendo a ligação entre as diversas regiões tornando-as interdependentes e integradas a um constante fluxo de mercadorias, que em última análise, é o grande responsável pela concretização da atividade produtiva.
Transportes
Conceito:
         Ramo de atividade econômica cuja função principal e interligar a produção e o consumo de bens. A importância do transporte acentua-se cada vez mais na organização econômica e social dos países, influindo progressivamente na produção agrícola e industrial; no comercio interno e exterior; na composição dos preços; na regularização dos mercados; nos diferentes usos da terra e na urbanização. As condições de conforto e bem-estar de uma sociedade dependem de um sistema de transporte que permita o rápido e eficiente intercâmbio de homens e de coisas.



Modalidades de operação:
         Uma operação de transporte e dimensionada por três fatores: a quantidade transportada (número, peso e valor), a distância percorrida, o tempo de percurso.
         A evolução a longo prazo dos diferentes modos de transporte e comandada pela evolução dos sistemas de conversão energéticas e da tecnologia dos motores. Quando acontece os novos modos de transporte suplantarem os precedentes, jamais os eliminam complemente (serve de exemplo o que ocorre com a tração animal).
         O conjunto das infra-estruturas utilizadas por um mesmo modo de transporte constitui uma rede ou malha ferroviária, rodoviária etc. A expressão sistema de transportes estaria reservada para o conjunto das diferentes malhas de transportes. Os modos de transportes existentes são o terrestre (ferroviário, rodoviário e dutoviário), o aquaviario (fluvial e marítimo), e o aéreo. A estes deve-se juntar, pelo futuro que lhe e atribuído, o Hovercraft, engenho sem rodas, já comprovado e em uso, que se move sobre a terra e a água, vencendo ate alturas de 50cm a 3m e possivelmente mais.
         São os seguintes os marcos mais significativos para a operação econômica das diversas modalidades de transportes; invenção da maquina a vapor ( 1807 ); inicio do transporte ferroviário ( 1830 ); inicio do transporte dutoviário ( 1865 ); inicio da utilização comercial do automóvel ( 1917 ); inicio da aviação comercial ( 1926 ). Poder-se-ia juntar a esses acontecimentos a construção, em Londres, do primeiro Hovertrem, em 1971.
      Do ponto de vista comercial, o transporte pode ser classificado em transporte interior ou continental e exterior ou intercontinental. Os transportes interiores se dividem em transportes rodoviários, ferroviários, fluviais e de cabotagem. Os exteriores compreendem o transporte marítimo de longo curso e a aviação comercial. Embora o desenvolvimento do ramo transporte apresente uma interdependência em relação ao desenvolvimento econômico, observa-se que as demandas desse setor em geral crescem a nível superior ao do conjunto da economia, isto e, a elasticidade-renda do setor transporte e maior que 1. Tem crescido de modo semelhante o numero de pessoas ocupadas no ramo. Segundo dados estatísticos da OIT (Organização Internacional do Trabalho), nos países desenvolvidos da Europa ocidental, nos EUA e no Canadá a população ocupada nos serviços de transporte situa-se entre 5 e 7% do total da população ativa.

O transporte fluvial:
         Entre os modos de transporte existentes o fluvial e o mais antigo. Seu custo operacional e muito baixo. E utilizado no deslocamento de grandes massas de produtos de baixo valor em relação ao peso e sua econimicidade de operação depende quase exclusivamente dos custos da carga e descarga.

Transporte marítimo
         A evolução desse modo de transporte e marcada pela perda em favor do transporte aéreo do mercado intercontinental de passageiros pela especialização dos navios (petroleiros, graneleiros, etc.) e pelo aumento da capacidade media das embarcações. As vias marítimas são especialmente favoráveis , do ponto de vista econômico , para grande tonelagem de carga e grandes distancias. De um modo geral, seus custos são de cinco a dez vezes menores que os dos transportes interiores. Em I969 havia no mundo apenas cinco portos capazes de receber navios de mais de cento e cinqüenta mil toneladas. Mas o mundo desenvolvido esta se preparando para receber os grandes navios (500.000 t) , que se tornaram ainda mais economicamente necessários depois do fechamento do canal de  Suez.

Transporte ferroviário :
          Num sistema ferroviário explorado em condições ótimas, obtém-se o transporte do máximo de toneladas com o mínimo de trens por quilometro. Embora estabilizado em países como os EUA e URSS, o transporte ferroviário em outros países representou um sensível declínio que culminou na década de I940. Embora não haja identidade de problemas, de pais a   pais, que justificasse  falar-se de uma doutrina ferroviária ou de uma política ferroviária uniforme, coincidiu, entretanto, que de I950 a I960 não se construíram novas ferrovias na Europa, exceção feita da Espanha, Polônia, Bulgária e Iugoslávia. No mesmo período diminui a quilometragem das vias exploradas na Bélgica, na França, no Reino Unido. Ha quem explique o decréscimo com o desenvolvimento do setor rodoviário, que passou a concentrar a atenção dos governos. Na década de I970, porem o transporte ferroviário ingressou numa fase de total recuperação. O progresso tecnológico de um lado e, de outro, a consideração de novas variáveis econômicas desenvolveram ao trem o valor que tivera antes. Passou-se, inclusive, a analisar as ferrovias sob o prisma  macroeconômico, levando-se em conta que nesse tipo de empresa o aspecto social tem um peso forte. Importantes inovações foram introduzidos.

Transporte    rodoviário :
         A exploração e realizada por indivíduos isolados ou por empresas e, em ambos os casos, para uso privado ou para uso publico. A primeira grande malha rodoviária foi construída na Antigüidade, pelos romanos, e contava com solidas estradas. A superioridade do transporte rodoviário faz-se sentir para curtas distancias e para pequenas quantidades. A importância desse modo de transporte e crescente. Servindo  ao transporte de mercadorias, o parque mundial de automóveis cresceu, de I950 a I960 em media 1,3 vezes mais que o PNB, enquanto o de automóveis de turismo  cresceu em media 2,2 mais que o PNB.

Transporte aéreo :
         A exploração e realizada por empresas e, excepcionalmente, por indivíduos. Sendo o transporte mais rápido, e procurado por passageiros, sobretudo para as grandes distancias. O avião e utilizado ainda para transportar mercadorias de alto valor unitário em relação ao volume e ao peso e, também, mercadorias perecíveis: alimentos, tais como carnes, frutas e hortigranjeiros. O desenvolvimento do transporte aéreo e continuo, embora seja dentre todos o mais caro. Seu custo e quatro vezes maior que o transporte rodoviário, seis a sete vezes maior que o ferroviário e trinta a quarenta vezes maior que o transporte marítimo. Nos EUA o avião transporta mais passageiros que o trem.

Transporte dutoviário:
         É feito no interior de uma infra-estrutura fixa, por diferença de pressão, sem utilização no engenho móvel. Novas soluções técnicas tornam mais freqüentes esse  meio de transporte. Limitados ao transporte de gases e líquidos ou mercadorias em estado pastoso, ocorre a justificativa econômica de misturar água as substancias solidas, de modo a torna-las  transportáveis por dutovias.

Conceituar espaço da produção
         É tudo que existe dentro de um país voltado para a produção, e para o espaço que eles ocupam.

Explicar a localização das principais cidades brasileiras - Nas cidades que são grandes centros consumidores a concentração fabril é maior . Além disso elas possuem maior facilidade de escoamento de mercadorias e melhores infra-estrutura, beneficiando as indústrias.

Identificar e exemplificar a classificação dos bens industriais:
Bens de produção - mercadorias que são utilizadas pelos capitalistas para produzir  mercadorias que tem como destino o consumidor final.
- Bens intermediários - Quando produz matérias primas ou insumos básicos destinados a outras indústrias
- Bens de  equipamento - Quando produz maquinário  utilizado para a produção de novas mercadorias.

Bens de consumo - produz mercadorias destinados ao consumidor final.
- Bens duráveis: Mercadorias com ciclo de reprodução longo.
- Bens não duráveis: Mercadorias com ciclo de reprodução curto.

Diferenciar as duas grandes formações geológicas do território brasileiro.
Bacias - Pontos mais baixos do território e que recebem sedimentos dos terrenos mais altos.
Escudos - Formações geológicas muito antiga, já desgastadas pelo tempo, que não tendem a apresentar grandes distúrbios geológicos.

Identificar as principais áreas de exploração de ferro e manganês no Brasil.
Ferro: Quadrilátero ferrífero ( MG ), Serra dos Carajás (PA), Urucum (MG) e na chapada Diamantina (BA)
Manganês - Serra do navio (AP), Carajás (PA), Quadrilátero Ferrífero (MG) e Urucum (MS).

Compreender e explicar a importância da indústria Siderúrgica na economia  mundial.
         A Siderurgia é a mais importante atividade do setor de transformação de minerais metálicos do mundo.
         Através dela são fabricados aço dos mais variados tipos e formas, que dão origem a muitos produtos, principalmente máquinas.

Explicar os elementos e as condições que favorecem a obtenção de energia no Brasil.
Energia térmica -  Pelo fato de o Brasil possuir grandes jazidas de Petróleo, carvão mineral e gás. Além disso possui grandes tensões de terras , podendo assim produzir lenha ( carvão vegetal).
Energia hidráulica - Porque além de possuir uma rede hidrográfica favorável, o Brasil possuiu um alto índice pluviométrico. Assim a água é um recurso abundante em nosso país.

Diferenciar as duas etapas do processo de industrialização do Brasil.
1ª Etapa: Ocorrido sob o Governo de Getúlio Vargas, o processo  de industrialização caminhava em busca de autonomia do capital estrangeiro. Os incentivos estatais eram direcionados para o setor de bens-de-produção e tentava-se estimular sobretudo a fabricação interna de determinados bens de consumo duráveis cujo as exportações tinham crescido muito.

2ª Etapa: A Expansão de bens de consumo duráveis foi ainda maior. Os ramos industriais que se destacaram foram o de elétrons domésticos e o automobilístico, com nítida tendência para a sofisticação de seus produtos.

Explicar como a indústria automobilística contribuiu para a urbanização brasileira.
         O Fato de a indústria automobilística ter se transformado num dos principais setores da economia brasileira, fez com que ela gerasse um grande número de empregos , tornando-se uma das principais responsáveis pela concentração urbana acontecida em nosso país, a partir dos anos 50.

Diferenciar a organização sócio-econômica e espacial da cidade e do campo.
Cidade: Predominância  dos setores secundário e terciário; grande concentração populacional da população brasileira.
Campo: Predominância do setor primário com menor concentração populacional.


Explicar o que é terra Fértil
         É a terra que gera mais riquezas após a venda do produto que o valor investido no processo de produção.

Relacionar a atividade comercial à produção da agricultura.
         No capitalismo, há a tendência de que a comercialização seja o principal destino dado a produção. Isso significa que os produtos dos diversos bens o fazem prioritamente para encaminhá-los ao mercado, e não para o consumo próprio.

Renda da terra
         É a quantia de riqueza apropriada por quem se apossa privadamente da terra, um bem oferecido pela natureza.

Tecnologia e o aproveitamento da terra.
         O desenvolvimento tecnológico acarreta um melhor aproveitamento da terra, porque proporciona uma maior e melhor produção. Significando ampliar mercados, vender por melhores preços e conseqüentemente acumular mais dinheiro.

Analisar os elementos fundamentais da estrutura fundiária brasileira:
Minifúndios: Estabelecimento que tem a maior parte de sua área dedicada a lavoura, mas cobrindo uma pequena porcentagem da área ocupada.
Latifúndios: Baixo índice de aproveitamento do solo, absorve pouca mão-de-obra e cobre grandes extensões de terra.

Trabalho sobre produção agrícola
A agricultura na Região Norte
           
            Decorrente das flutuações dos preços no mercado externo , a atividade extrativa possibilitou o desenvolvimento das atividades agropastoris. Muitos problemas são enfrentados pelas atividades agrícolas como : presença de plantas e animais daninhos , os solos muito arenosos , a abertura de clareiras na floresta , as grandes distancias e o transportes , ainda suficientes e o pequeno mercado de consumo.
         A atividade agrícola , apesar de grandes vazios , é praticada em pequenas e medias propriedades , enquanto a agricultura comercial , em áreas mais habitadas , a de subsistência, espalha-se por vários pontos da região.
         Mandioca , arroz , milho e feijão são os principais produtos da lavoura de subsistência , principalmente ,  a mandioca , largamente utilizada na alimentação regional .
         As duas regiões de agricultura comercial são :

            Zona bragantina do Pará : Situado no nordeste do estado , cultiva três produtos: pimenta-do-reino , malva e juta .
         Os municípios agrícolas são : malva em Capitão Poço , pimenta do reino em Tomé-Açu . Este ultimo produto foi aclinado na região pela colonização japonesa . A terra firme, situada a salvo das inundações , é a área de cultivo.
         A abertura de novas rodovias , como a Belém- Brasília , impulsionou a atividade agrícola , possibilitando maior intercâmbio , com as outras regiões brasileiras .

         Médio Amazonas : Estende-se ao longo da calha amazônica, da cidade de Manacapuru ( AM ) a de Monte Alegre ( PA ) . Predominam as pequenas e medias propriedades policultoras. O principal produto da lavoura comercial é a juta , fibra têxtil aclimada pelos colonos japoneses na várzea amazônica

         Rondônia :A partir da década de 70, Rondônia atraiu agricultores do sul do pais . É um polo marcado pelos conflitos fundiários e por contrastes . Enquanto 17% de sua área é constituída por solos férteis , que propiciam importantes culturas comerciais de cacau e café, os 83%  restantes são cobertos de terras de ma qualidade .

         A região de cerrado do Tocantins : A correção do solo proporciona alta lucratividade na monocultura da soja .
                    A Agricultura na Região Nordeste

            As atividades agropastoris são responsáveis pela ocupação do nordeste , permanecendo ate a atualidade , como base econômica regional . De acordo com as características desta atividade , o Nordeste esta dividido em quatro sub-regiões : Zona da Mata e Litoral , Agreste , Sertão e Meio-Norte.

Zona da Mata e Litoral :
            Compreende toda a faixa costeira no litoral oriental , do Rio Grande do Norte ate a Bahia . Por Zona da Mata  pode-se entender uma parte da  faixa litorânea , compreendendo, Alagoas, Pernambuco , Paraíba , Sergipe ate o Recôncavo Baiano.
         Raramente , ultrapassando a largura de 100 Km , a Zona da Mata e Litoral , correspondem a principal região agrícola do Nordeste . Após o desmatamento da vegetação natural de floresta , estabeleceram-se os latifúndios monocultores. São lavouras comerciais do tipo “Plantation”. Não ha espaço para a lavoura de subsistência , pois os solos massapé , muito férteis, são utilizados para as grandes plantações.
         A mão-de-obra assalariada provem do interior da região, nos períodos do plantio e da colheita . Devido a excessiva concentração de terras, estudos estão sendo feitos , para solucionar a sua redistribuição. Os principais produtos cultivados na Zona da Mata e Litoral são :

Cana-de-açúcar : é a monocultura mais antiga, constituindo-se hoje numa “Pantation “.
         Os engenhos antiquados cederam lugar às modernas usinas . Abastece o mercado interno , sendo também , exportada . Os maiores produtores nordestinos são : Pernambuco , Alagoas e Recôncavo Baiano.

Cacau : outro produto da “Plantation “, cultivado no sul da Bahia , em grandes propriedades. Inicialmente era um produto extrativo , mas a concorrência do cacau africano obrigou a racionalização da produção cacaueira . É cultivado em seu “habitat” natural , exigindo calor , muita umidade e sombreamento .
         Itabuna e Ilhéus são os municípios de maior produção . Ilhéus é porto exportador.
Arroz : cultivado nas áreas alagadas , do baixo curso do São Francisco , entre Alagoas e Sergipe, abastece a Zona da Mata . Ainda no sul da Bahia aparece o cultivo da seringueira de recente introdução .
         Os outros produtos também cultivados na Zona da Mata e no Litoral aso : o coco-da-baia e o tabaco.

Agreste :
            Estreita faixa de transição entre a Zona da Mata e o Sertão , carrega características das duas áreas limítrofes.
         Estende-se do Rio Grande do Norte ao norte da Bahia.
         Predominam as pequenas e medias propriedades policultoras , alem das fazendas de gado . Aqui ha espaço para a coexistência das lavouras comercial e de subsistência .
         No Agreste as áreas mais úmidas recebem a denominação de “brejos “, como no alto Borborema , sendo intensamente utilizados na agricultura.
         Os produtos da policutura cultivados em caráter de subsistência e também comercial são : Milho , café, mandioca , feijão , frutas e cereais.
         Os principais produtos comerciais do Agreste são : Algodão , sisal ou agave e tabaco

Sertão :
            É a mais extensa das sub-regiões , apresentando grande variedade no aspecto natural. As condições de semi-aridez dificultam a atividade agrícola , condicionando-a  às áreas próximas aos vales fluviais ou aos  “cariris” , fontes d’água , nos sopés das serras.
         Nos “cariris” ou vales fluviais predomina a policultura de subsistência : café , legumes , algodão , feijão e mandioca .
         As lavouras comerciais do sertão são : Algodão , cebola e  castanha de caju.

Meio-Norte :
         Compreende a região de transição , no Maranhão e parte do Piauí . No médio e baixo vale dos rios Mearim , Pindaré e Grajaú , desenvolve-se a agricultura comercial do algodão e do arroz. Maranhão e um dos maiores produtores brasileiros , destacando-se os municípios de Bacabal e Pedreiras . As outras lavouras são em caráter de subsistência : milho , feijão e mandioca .

                      
                    A Agricultura na Região Sudeste

            A atividade agrícola desenvolve-se  em vastas extensões do Sudeste , apartir da Região central de Minas  , para o sul .. As grandes propriedades estão voltadas para a lavoura comercial , associando-se , as vezes à pecuária .
         Graças aos órgãos de assistência rural, como a EMATER , as técnicas agrícolas tem se aprimorado . As atividades , predatórias , como as queimadas estão sendo substituídas por técnicas modernas , que não prejudicam o solo .
         A irrigação , o plantio em curva de nível , em terraços , assim como os fertilizantes , são amplamente utilizados , garantindo produtividade elevada .
         Os sistemas de armazenagem e comercialização passam por modificações  e melhorias nos equipamentos.
         Dentre os produtos cultivados no Sudeste, destacam-se :

- Café : Principal produto da monocultura de exportação , é responsável pela ocupação inicial de vastas regiões no Sudeste .
         Atualmente , o café e importante produto agrícola no sul do Espirito Santo e de Minas Gerais , alem do oeste de São Paulo .
         Sua valorização no mercado externo m, favoreceu o replantio . Antigas áreas produtoras estão sendo retomadas em São Paulo e Minas , provocando o renascimento econômico de varias cidades .
         Produto de exportação , é escoado pelo porto de Santos .

-  Milho : É cultivado em todos os estados do Sudeste .
-Arroz : São Paulo e Minas são os maiores produtores do pais .

- Cana -de-açúcar : Cultivado em todos os estados do Sudeste , com rendimento médio por hectare bastante elevado .

- Fruticultura : Desenvolve-se em larga escala nas baixadas litorâneas e na região de Limeira , em São Paulo . Os principais produtos cultivados são : a laranja , a tangerina , a banana , dentre outros.

- Outros : Soja , trigo , tabaco , amendoim , feijão e mandioca .


                                 

                                        Região Sul

            A variedade dos micro-climas permite o cultivo de produtos tropicais e subtropicais:

Café : Apesar de sofrer bastante com o clima frio , o café se desenvolveu no Paraná .

Trigo : O clima subtropical favorece o cultivo do trigo nesta região . Os três estados meridionais lideram a produção brasileira deste produto .

Arroz : O relevo baixo e plano e a abundância da rede fluvial favorecem o desenvolvimento dom arroz irrigado ou de baixada . É cultivado principalmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina .

Soja : Desenvolve-se com sucesso em todos os estados do Sul do pais .

Vinha : Foi introduzida por imigrantes alemães e italianos e ate hoje é produzida nesta região.

Milho : Rio Grande do Sul , Paraná e Santa Catarina estão entre os maiores produtores brasileiros de milho .

Fumo : É muito cultivado no Rio Grande do Sul .

Outros : Algodão , cana-de-açúcar e feijão
                                   







                     
                   



                  A Região Centro - Oeste

         A agricultura de subsistência , com o cultivo de milho , mandioca , abóbora , feijão e arroz , através de técnicas primitivas , sempre se constituiu uma atividade complementar à pecuária e ao extrativismo.
         As áreas agrícolas de maior expressão no Centro-Oeste são áreas voltadas para a agricultura comercial , são elas :
        
- O “Mato Grosso de Goiás”, área de solos férteis localizada no oeste de Goiás , que é destacado centro produtor de arroz ,algodão, café, milho e soja ;

- O Vale do Paraíba , no extremo sul de Goiás , onde os solos de origem vulcânica favorecem importantes cultivos de café , algodão , milho , amendoim , arroz e soja.

- O Sul de Mato Grosso do Sul , região que se caracteriza pela produção de soja , arroz , café , algodão , milho , e ate mesmo trigo.


Introdução :

                            A agricultura no Brasil

            De todas as necessidades do homem , a alimentação é , sem duvidas , a primeira que precisa ser satisfeita.
         Ela depende da agricultura , e da pecuária , que só são possíveis onde ha espaços favoráveis .Nesse aspecto o Brasil e privilegiado :Contamos com enormes extensões disponíveis para a ampliação do seu espaço agropecuário e poderemos , através de seu aproveitamento intensivo , aumentar significativamente a nossa produção.




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